A sonda que vai estudar o interior de Marte pousou nesta segunda-feira (26) no Planeta Vermelho, anunciou a agência espacial norte-americana (NASA).
O pouso, pouco antes das 18h em Brasília, foi aplaudida no centro de controle da missão InSight, na Califórnia. Momentos depois, a sonda enviou para a Terra a primeira imagem da superfície de Marte, uma foto pouca nítida devido provavelmente à poeira causada pelo seu impacto.
A NASA aguarda agora atualizações de informação dada pelos satélites ao redor do planeta para confirmar se a InSight pousou no local previsto, na Elysium Planitia.
A missão InSight, que tem duração de dois anos, pretende dar respostas sobre a evolução da formação dos planetas rochosos do Sistema Solar, incluindo a Terra, ao estudar o tamanho, a espessura e a densidade do núcleo, manto e crosta de Marte e a temperatura interior do planeta.
O trabalho do InSight é estudar o interior profundo de Marte, obtendo os sinais vitais do planeta. A obtenção desses sinais vai ajudar a equipe científica da missão InSight a vislumbrar uma época em que os planetas rochosos do Sistema Solar se formaram. As pesquisas vão depender de três instrumentos:
Um sismógrafo com seis sensores, de nome SEIS (Seismic Experiment for Interior Structure), vai registrar ondas sísmicas que viajam pela estrutura interior do planeta. O estudo das ondas sísmicas vai dizer aos cientistas o que poderia criá-las.
A suite HP3 (Heat Flow and Physical Properties Package) vai escavar mais fundo do que qualquer outra pá, broca ou sonda em Marte, antes de medir quanto calor está sendo emanado para fora do planeta.
Finalmente, a experiência RISE (Rotation and Interior Structure Experiment) vai usar os rádios do veículo para avaliar a oscilação do eixo de rotação de Marte, fornecendo informações sobre o núcleo do planeta.
A sonda pousou em Marte ao fim de uma viagem de seis meses e meio, depois de ter sido lançada para o espaço em 5 de maio deste ano. O InSight representa o retorno das sondas na superfície de Marte depois de uma interrupção de seis anos, desde que a sonda Curiosity chegou à superfície do planeta em 2012.
Ciberia // ZAP