O inventor dinamarquês que matou e esquartejou a jornalista sueca Kim Wall no em agosto do ano passado tem traços psicopatas e não demonstrou qualquer compaixão pela família da vítima.
Na última sessão de julgamento de Peter Madsen, acusado de matar e esquartejar a jornalista sueca Kim Wall, o procurador leu o relatório psiquiátrico do acusado que concluiu que o inventor dinamarquês é um psicopata.
“O que fazemos quando temos um grande problema? Dividimos em algo menor“, disse Peter Madsen aos psiquiatras para justificar sua opção de cortar a cabeça, braços e pernas de Kim Wall, escreve a revista Sábado.
Embora negue ter matado a jornalista, Peter Madsen admitiu tê-la desmembrado com o objetivo de conseguir retirá-la do submarino em que se encontravam, considerando que “um cadáver não merece qualquer respeito especial“. Alem disso, afirmou não acreditar que seria difícil para a família receber o corpo dividido em cinco partes.
Peter Madsen garante que a jornalista morreu intoxicada com gases provocados por um defeito no submarino, mas a autópsia não encontrou qualquer vestígio de gases.
No entanto, a acusação refere que o inventor a assassinou para satisfazer fantasias sexuais sádicas, tendo ele mais de 140 vídeos e links de vídeos de assassinatos de mulheres encontrados nos seus computadores e smartphone.
O relatório psiquiátrico recomendou que o inventor seja mantido sob custódia, uma vez que “seus traços narcisísticos e psicopáticos” o tornam uma pessoa perigosa.
O acusado revelou “uma severa falta de empatia e remorso”, é “extremamente traiçoeiro” e um “mentiroso patológico“, e a única vez que demonstrou emoção foi quando falou sobre sua mulher, que se recusou testemunhar a seu favor em tribunal.
A justiça ouviu 36 testemunhas (incluindo quatro mulheres que Madsen tentou levar para dentro do submarino), antigas parceiras sexuais, amigos e colegas. A leitura da sentença está marcada para o dia 25 deste mês.
Ciberia // ZAP