O inventor Peter Madsen confessou ter esquartejado a bordo do submarino a jornalista sueca Kim Wall, desaparecida em meados de agosto e cujos restos apareceram no mar Báltico, informou nesta segunda-feira (30) a polícia dinamarquesa.
Madsen também mudou o depoimento sobre a morte de Wall, que segundo o próprio tinha sido provocada pela queda acidental da escotilha do submarino, e assegura agora que a jornalista morreu por intoxicação de monóxido de carbono enquanto o inventor estava na cobertura do navio.
A polícia dinamarquesa localizou de forma separada nos últimos meses partes do corpo de Wall, vista pela última vez na noite de 10 de agosto a bordo do Nautilus, submarino de fabricação caseira no qual iria entrevistar Madsen, agora em prisão preventiva sob as acusações de homicídio e tratamento indecente de cadáver.
Madsen, de 46 anos, disse inicialmente à polícia que a repórter teria morrido porque uma escotilha de 70 quilos caiu sobre sua cabeça e que, com medo, decidiu atirar seu corpo na água. No entanto, a autópsia das autoridades mostrava “não haver sinais de fraturas no crânio”.
Anteriormente, a polícia já tinha adiantado que a autópsia do corpo mostrava ferimentos provocados por uma faca no torso e na zona genital, que se pensa terem sido feitos “por volta da hora da morte, ou pouco depois”.
Segundo o Telegraph, os procuradores responsáveis pelo caso acreditam que Wall foi assassinada como parte de uma fantasia sexual do inventor, tendo sido depois desmembrada e mutilada.
Um detalhe que dava força a essa teoria eram os vídeos de mulheres torturadas, decapitadas e queimadas encontrados no HD externo que supostamente pertence ao inventor. Nos dias após terem encontrado este HD, Madsen afirmou que o dispositivo não era dele e que todas as pessoas que trabalhavam no laboratório tinham acesso ao hardware.