Nesse domingo (9), Rogério Ferreira da Silva Júnior comemorava o seu aniversário de 19 anos dando um rolê de moto. Enquanto passava pela Avenida dos Pedrosos, na Zona Sul de São Paulo, foi perseguido por policiais. Quando ele parou o veículo para a abordagem, foi assassinado com dois tiros.
É mais um jovem que entra para a estatística de mortos pela PM paulista, que bateu recorde de assassinatos em 2020.
Segundo a versão dos policiais Guilherme Tadeu Figueiredo Giacomelli e Renan Conceição Fernandes Branco, ao parar a moto, o jovem havia colocado a mão na cintura, como se fosse pegar uma arma.
Depois de ter acabado com a vida de Rogério no dia de seu aniversário, eles perceberam que ele não tinha nenhum revólver. Pois é.
O Boletim de Ocorrência registrado pelos policiais da ROCAM (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) afirma que os PMs haviam atirado durante perseguição na moto, o que foi contradito pelas imagens de câmeras de segurança.
“Aparentemente, o rapaz estava parando a moto, diante da perseguição policial, quando é alvejado. Em princípio, a vítima não esboçou nenhuma reação. Pelas imagens, teria ocorrido uma possível execução. É um homicídio, que precisa ser investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM para que todas as circunstâncias da ação sejam esclarecidas”, afirmou ao advogado Ariel Castro, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), à Ponte Jornalismo.
“Todas as circunstâncias relacionadas aos fatos estão sendo apuradas pela Polícia Militar, por meio de IPM, e pelo DHPP, onde o caso está sendo registrado. A Corregedoria da PM também foi acionada”, informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, em comunicado.
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