Duas jovens ativistas de um movimento vegan se deixaram marcar com um ferro em brasa, como se faz com os animais, num “protesto-choque” contra o consumo de carne.
A manifestação vegan, organizada pelo coletivo 269 Life France, aconteceu em Paris no sábado passado, 25 de Setembro, e levou vários ativistas à Praça da República numa tentativa de alertar consciências contra o consumo e a comercialização de carne.
A forma como estes ativistas chamaram a atenção causando polêmica, especialmente porque duas jovens se deixaram marcar, num braço e numa perna, com um ferro em brasa, para demonstrar a crueldade do ato que é cometido sobre os animais.
“Fiz esta escolha porque os animais têm este destino trágico todos os dias antes de serem mortos. Por isso, é uma maneira de os homenagear“, refere uma das ativistas marcadas com o ferro em brasa, conforme declarações divulgadas pelo RT.com.
“Sim, é doloroso, mas penso que não é nada, contrariamente a tudo o que vivem os animais, tudo o que eles sofrem todos os dias, quer seja a marcação pelo fogo, quer seja a retirada cruel dos chifres, a castração”, sublinha também a jovem queimada na perna, citada pelo site.
Vários manifestantes se estenderam no chão, vestidos apenas com roupa interior e pintados de vermelho, como se fossem animais mortos num matadouro. Ao lado, supostos “carniceiros” vendiam partes do corpo humano como se fossem meros bocados de carne de vaca.
https://twitter.com/Pikouiky/status/779705006832381952
Não é o primeiro protesto do tipo, com recurso a imagens de choque, organizado por este coletivo vegan que se assume uma associação de defesa do “respeito dos interesses fundamentais de todos os animais” e contra “a produção e a comercialização das outras espécies”.
No site, a associação salienta que ser vegan é “uma filosofia e um modo de vida”, apelando ao fim da “domesticação, da produção e da comercialização dos animais não-humanos, considerados como objetos, utensílios, torturados em laboratórios de experimentação animal, sacrificados livremente em arenas, pescados, caçados, vendidos, sequestrados, enviados para o matadouro”.
SV, ZAP