O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e a procuradora-geral da República (PRG), Raquel Dodge, se reuniram nesta sexta-feira (22) na sede da PGR em Brasília.
Além de ser uma reunião de apresentação – uma vez que Jungmann não pôde ir à posse da procuradora, por estar em viagem – o encontro desta sexta é uma tentativa de Jungmann obter apoio e suporte da procuradora-geral à proposta de criação de uma força-tarefa de atuação específica para a segurança pública no Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira (21), após reunir-se, no Rio de Janeiro, com o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, Jungmann disse que buscará também o apoio da Justiça e da Polícia Federal para essa força tarefa.
Caberá agora ao governo carioca finalizar uma proposta apontando os locais onde as Forças Armadas farão as patrulhas. Essa proposta será encaminhada para a análise no Ministério da Defesa.
Na quarta-feira (20), o governador revelou que entre os pontos que podem ter a presença de militares federais estão as linhas Vermelha e Amarela e as rodovias federais. A intenção é poder deslocar o efetivo da polícia estadual, que ficaria nestes locais, para outras operações reforçando as operações de combate ao crime.
Após o encontro desta quinta com Pezão, Jungmann disse que o governo anunciará em outubro um “grande pacto social” que complementará as incursões das forças de segurança no combate ao crime organizado no estado, com ações nos eixos de segurança, defesa e inteligência.
O ministro admitiu que houve desajustes no relacionamento entre os governos federal e estadual na questão da segurança, mas que cabe às autoridades resolverem, porque o Rio de Janeiro, assim o exige.
Dados do Instituto de Segurança Pública, entre junho e 26 de julho deste ano, houve 1.041 casos de roubo de carga no Rio, e que, de 29 de julho – quando começaram as operações conjuntas – até 22 de agosto, foram registrados 585 casos.
Nos roubos a pessoas nas ruas, os registros caíram de 9.265 para 6.286 casos e nas tentativas de homicídio de 508 para 393. O período de comparação, no entanto, tem menos dias. Enquanto no primeiro período foram 35 dias com casos registrados, no segundo foram 25 dias.
Ciberia // Agência Brasil