Saad Hariri foi nomeado novamente primeiro-ministro do Líbano, com o desafio de chegar a um acordo com as várias forças políticas do país e formar um governo capaz de realizar as reformas necessárias para sair da crise.
Ele foi escolhido por uma maioria de 65 deputados, de acordo com um comunicado lido em uma coletiva de imprensa por um oficial da presidência.
Da corrente sunita, esta é a terceira vez que Hariri assume o posto de primeiro-ministro. Sua última experiência terminou com uma renúncia, em 29 de outubro de 2019, sob a pressão de um movimento de protesto sem precedentes na história recente do Líbano.
Ele volta numa fase em que a população clama por novos rostos e pede uma mudança total de sistema, há meses. O antecessor de Saad Hariri, Moustapha Adib, nomeado em 31 de agosto, jogou a toalha um mês depois, sem ter conseguido superar as rivalidades entre os partidos políticos.
O Líbano vive uma grave crise política e econômica e ainda se recupera do trauma da explosão do dia 4 de agosto, em Beirute, que revelou o descuido da classe política do país. Desde esta tragédia, os líderes libaneses estão sob pressão da comunidade internacional, em particular da França, para encontrar uma solução para acabar com a crise.
Não há certeza, portanto, que esse retorno irá satisfazer a população. Saad Hariri promete, de sua parte, um “governo de especialistas” de acordo com “a proposta francesa” e se compromete “a formar um governo rapidamente, porque o tempo está se esgotando e o país se depara com sua única e última chance”.
// RFI