Pelo menos três pessoas morreram e mais de 400 foram detidas pelas autoridades venezuelanas, na sequência das manifestações contra o presidente Nicolás Maduro, esta quarta-feira (19), reprimidas pela Guarda Nacional Bolivariana.
Ontem, o povo venezuelano saiu às ruas para protestar contra o atual regime e contra o presidente Nicolás Maduro, em uma manifestação que foi batizada como a “mãe de todas as manifestações”.
As autoridades reportaram três mortes: um jovem de 17 anos, em Caracas, uma mulher de 23 anos, em San Cristobal, perto da fronteira com a Colômbia, e um militar no sul do país.
Mais de 400 pessoas foram detidas na sequência dos protestos. “Está aumentando o número de detidos que registramos. São mais de 400 a nível nacional“, anunciou o diretor da organização não-governamental Foro Penal Venezuelano, Gonzalo Himiob, através do Twitter.
Segundo o responsável, foram detidos manifestantes em Caracas e nos estados de Nova Esparta, Táchira, Carabobo, Miranda, Anzoátegui, Bolívar, Arágua, Barinas, Cojedes, Monágas e Zúlia.
Os manifestantes colocaram barricadas e atacaram vários militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que tentava reprimir os protestos, chegando mesmo a usar bombas de gás lacrimogêneo.
Escreve a BBC que o líder da oposição Henrique Capriles pediu aos manifestantes que continuem o protesto esta quinta-feira (20).
Entretanto, Maduro convocou a oposição para um novo diálogo, dizendo que está pronto para se reunir e “ver-se cara a cara com os porta-vozes da oposição, para dizer quatro verdades, outra vez, e pedir, em nome de milhões de homens e mulheres da Venezuela, que retifiquem e que terminem com a violência e o golpismo“.
// ZAP