Uma série de explosões em igrejas e hotéis causou pelo menos 207 mortes no Sri Lanka na manhã deste domingo (21) de Páscoa. As autoridades informaram que ao menos 35 estrangeiros estão entre as vítimas, mas até o momento sabe-se apenas que um português morreu nos ataques.
Os alvos dos atentados foram quatro hotéis de luxo e três igrejas, no momento em que eram celebradas missas de Páscoa. Os ataques ocorreram na capital, Colombo, e em outras duas cidades – em Negombo, ao norte da capital, e em Batticaloa, no leste da ilha.
O número de feridos é incerto, mas uma fonte dos serviços de emergência indicou que passam de 450. O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, declarou que foram “ataques covardes”, que ainda não foram reivindicados por nenhuma organização.
Os hotéis atingidos foram o Shangri-La Colombo, o Kingsbury Hotel, o Cinnamon Grand Colombo e o Dehiwela. Há um português entre as vítimas mortais das explosões. Identificado como Rui Lucas, era de Viseu e estava no país em lua-de-mel.
O premiê convocou uma reunião de emergência do conselho de segurança nacional, que deve ocorrer ainda neste domingo. “Peço para os srilanqueses permanecerem unidos nesse momento de tragédia”, disse Wickremesinghe.
Já o presidente ordenou que a unidade especial da polícia e das Forças Armadas se encarreguem das investigações, para determinar os autores dos ataques. O exército está nas ruas da capital e a segurança foi reforçada no aeroporto de Colombo.
O ministro da defesa do Sri Lanka avançou entretanto que foram detidos sete suspeitos relacionados com o atentado deste domingo.
Há dez dias, o chefe da polícia nacional havia advertido que um movimento islamita planejava atacar igrejas do país. Cerca de 1,2 milhão de católicos vivem no Sri Lanka, que no total tem 21 milhões de habitantes. A maioria da população (70%) é budista e 10% são muçulmanos.
A Igreja Católica na Terra Santa condenou a série de atentados. “Nós rezamos pela alma das vítimas e pela recuperação dos feridos. Pedimos a Deus para inspirar os terroristas para que eles não cometam assassinatos e atos de terror”, diz o comunicado, publicado em Jerusalém.
// RFI