Uma mãe esperou cinco dias para ver as filhas recém-nascidas porque não tinha dinheiro para pagar as despesas médicas.
Juliana Logbo esperou cinco dias depois do parto para ver as filhas gêmeas recém-nascidas por não ter dinheiro para pagar R$ 2.900 em despesas médicas que o hospital de Guangzhou, na China, exigia. Para piorar a situação, ela só conseguiu sair da unidade de saúde oito dias depois do nascimento, quando a conta já estava em quase R$ 13 mil.
Segundo o New York Times, a mãe liberiana acompanha viagens turísticas de africanos à cidade de Guangzhou. Durante uma dessas visitas, Juliana Logbo entrou em trabalho de parto e teve de ir imediatamente para o hospital.
Após a cesariana de emergência, a equipe de enfermagem teve uma atitude que a jovem de 28 anos não esperava: para além de não a terem deixado segurar as filhas, Juliana também não pôde vê-las. As gêmeas foram levadas para a unidade de recém-nascidos mesmo antes de conhecerem a mãe.
No dia seguinte, Juliana Logbo pediu para ver as crianças, mas foi informada que teria de pagar as taxas de hospitalização se quisesse vê-las.
“Em que p**** de país estou?”, perguntou indignada, depois de ter dito que não tinha mais dinheiro. A mãe teve que pagar R$ 470 pelo transporte de ambulância e mais R$ 2.850 de depósito, segundo a revista portuguesa Visão.
Quando finalmente conseguiu arranjar o dinheiro, graças a uma amiga que a ajudou, já era tarde demais. A conta tinha aumentado para os R$ 2.900.
Juliana argumentou que não tinha como pagar a conta do hospital e a administração baixou para R$ 2.550. Mas, ainda assim, a mãe das meninas não tinha o montante.
A insistência e desespero da mãe não foi suficiente. O caso só avançou depois de algumas perguntas da correspondente do New York Times à gerência do hospital. Passados cinco dias, Juliana pôde, finalmente, ver as filhas.
No entanto, como uma má notícia nunca vem sozinha, Juliana teve que permanecer no hospital. Só oito dias depois é que a mãe pôde sair do estabelecimento e levar suas filhas. Mas, nessa altura, a conta já estava perto dos R$ 13 mil.
No entanto, a história teve um final feliz, sendo a verba paga com donativos feitos à família.
Ciberia // ZAP