O bebê britânico Alfie Evans, que tinha uma doença degenerativa e cujos pais travaram uma batalha judicial para o tratarem na Itália, morreu neste sábado (28).
Alfie Evans surpreendeu o mundo ao continuar respirando depois de os médicos desligarem as máquinas que o ligavam à vida.
O bebê britânico, de 23 meses, sofria de uma doença degenerativa e os pais travaram uma batalha judicial no Reino Unido para poder levar a criança à Itália, para que fosse tratado.
Em uma mensagem postada na rede social Facebook, Tom Evans, pai do bebê, escreveu: “Meu gladiador ganhou seu escudo e suas asas às 02h30… absolutamente desconsolado”.
Os pais de Alfie desafiaram a justiça e tentaram, embora sem sucesso, que a justiça britânica os autorizasse a levar a criança para a Itália, onde um hospital mostrou disposição em tratá-lo.
O bebê tinha uma condição neurológica degenerativa incurável e os médicos britânicos diziam que qualquer tratamento adicional seria inútil. Ainda assim, os pais queriam levá-lo à Itália, onde seria mantido em suporte para continuar vivo.
Segundo o Público, todos os recursos interpostos separadamente pelos pais, que beneficiavam do apoio do Papa e do governo italiano, “serão rejeitados”, declarou o juiz Andrew McFarlane, do Supremo Tribunal de Londres, na quarta-feira (25).
A batalha legal entre os pais da criança e os médicos durou meses e contou com intervenções do Papa Francisco e das autoridades italianas, que apoiaram a família, concedendo-lhe a cidadania italiana para que o filho fosse tratado num hospital do Vaticano.
Na segunda-feira (23), o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano anunciou ter concedido a Alfie a cidadania italiana para facilitar a chegada e transporte.
Ao abrigo da lei britânica, é comum os tribunais intervirem quando pais e médicos discordam quanto ao tratamento de uma criança doente, sendo que em tais casos, os direitos da criança têm preferência.
Ciberia, Lusa // ZAP