As mudanças climáticas vão provocar um aumento significativo do número de imigrantes que chegam anualmente à Europa, segundo um estudo da Universidade de Columbia.
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Columbia, em Nova York, publicado na revista Science, o número de imigrantes que procuram asilo na Europa vai triplicar até 2100 caso as tendências climáticas se mantenham.
Bob Ward, diretor de comunicação e políticas do Instituto de Pesquisa de Grantham para as Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, na London School of Economics and Political Science, disse ao The Guardian que o estudo “demonstra os impactos que a Europa vai sofrer com as mudanças climáticas”.
De acordo com o Expresso, mesmo que os esforços para controlar o aquecimento global se mantenham e sejam bem sucedidos, o número de solicitações de asilo pode aumentar em até 25%.
“Sabemos pela história da humanidade que tamanhas migrações geralmente levam a conflitos e guerras com consequências devastadoras”, adverte Ward.
O estudo prevê que as mudanças climáticas se traduzam em mais secas, calor, cheias, tempestades intensas, aumento do nível do mar e outras situações extremas. Estes efeitos vão dificultar a agricultura na África subsariana e em partes da Ásia.
Os efeitos serão também sentidos na Europa. No entanto, suas temperaturas bases, que são mais baixas, e as avançadas infraestruturas fazem com que os estragos possam ser controlados, tornando-se um destino atrativo para os emigrantes.
Segundo as comparações realizadas pelos autores do estudo, há uma correlação entre a meteorologia e o número de pedidos de asilo. Em países com temperatura média de 20º, por exemplo, foi verificado um número de candidaturas à imigração mais elevado que em países com temperaturas médias mais baixas.
Como afirma o Expresso, a migração para a Europa aumentou significativamente nos últimos dez anos. As causas principais foram a guerra na Síria, as crises no norte da África e no Oriente Médio e o número crescente de jovens provenientes da África e do Oriente Médio em busca de oportunidades econômicas.
Ciberia // ZAP