No fim de semana, uma jovem de 22 anos deu à luz um bebê, em Fernando de Noronha, onde, por falta de de estrutura hospitalar, os nascimentos não são autorizados.
O arquipélago Fernando de Noronha, no Brasil, tem 3.016 pessoas. Há 12 anos não nasciam crianças na ilha, conhecida como o lugar onde é proibido nascer. O nascimento de crianças não é permitido, dado que o hospital local não possui as condições necessárias para que sejam efetuados partos.
No entanto, no sábado (19), uma mulher pôs fim aos longos 12 anos sem o choro característico de um recém-nascido: durante a madrugada, em casa, a jovem deu à luz uma menina.
Para a mãe da criança, o nascimento foi uma autêntica surpresa. A jovem tinha feito um teste de gravidez, que deu negativo. Durante a gestação, não teve nenhum sintoma, pelo que não sabia que estava grávida.
“Se eu soubesse que estava grávida não teria minha filha aqui. Eu teria feito o pré-natal e tomaria as vacinas. Ainda bem que foram feitos os exames e não deu nada. Eu não arriscaria a minha vida nem da milha filha”, disse, citada pelo G1. A mulher tem outra filha, cujo parto foi feito fora da ilha, informa o Público.
O pai da bebê também se mostrou surpreso com o nascimento. “Eu não sabia de nada, ela acordou a mãe e disse que estava com dor. Ligamos para a emergência, mas nem deu tempo para a ambulância chegar. Eu fiz o parto, acho que foi Deus“, contou.
Como não tinha carro, o pai da menina foi a pé com o recém-nascido no colo até o hospital. A mãe também foi para o hospital, mas de ambulância.
As autoridades do arquipélago já confirmou o caso. “A unidade hospitalar de Fernando de Noronha realizou atendimento a uma criança recém-nascida, trazida pelo pai”, que ajudou a realizar o parto no domicílio, lê-se na nota divulgada pela administração da ilha.
Caso estejam grávidas, as habitantes da ilha precisam se dirigir ao continente para o parto. A cidade mais próxima, curiosamente chamada Natal, fica a 360 quilômetros de distância.
Ciberia // ZAP