O misterioso vírus que surgiu na China nos últimos dias de 2019 acaba de chegar aos Estados Unidos. As autoridades americanas confirmaram que um homem vindo da China está infectado com o vírus, que é uma nova cepa do coronavírus.
Com essa confirmação, chegam a cinco o número de países com casos confirmados da doença, que ainda é um mistério: China, Tailândia, Coréia do Sul, Japão e agora EUA.
A China já confirmou seis mortes causadas pela doença e centenas de pessoas infectadas. Com o espalhamento agora mundial da infecção, a Organização Mundial da Saúde já criou um comitê de emergência para tratar do assunto. Os especialistas já confirmaram que a doença se espalha de humanos para humanos, o que aumenta os riscos de uma epidemia.
Desde a semana passada, aeroportos americanos já estavam de sobreaviso. As autoridades do país estavam observando passageiros vindos da China para tentar identificar possíveis casos. No Brasil, o Ministério da Saúde enviou um comunicado para as vigilâncias sanitárias de portos e aeroportos com cuidados e orientações.
Não se sabe muita coisa sobre o novo vírus até o momento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre o problema em 31 de dezembro de 2019 pelas autoridades chinesas. O informe era a respeito de “uma série de casos semelhantes a pneumonia” em Wuhan, uma cidade de 11 milhões de pessoas, segundo a agência de notícias France Press.
A OMS afirma que o surto em Wuhan, que agora está espalhado pelo mundo, foi causado por um tipo novo de coronavírus .
Este tipo de vírus é uma família ampla e que causa diferentes doença, desde o resfriado comum a doenças mais graves, como a SARS. A primeira morte causada pelo novo vírus foi registrada em 11 de janeiro.
O vírus já está presente em Pequim, Shanghai e Shenzhen, cidades que ficam em regiões diferentes do país. Mais de 200 casos já foram registrados.
“Podemos dizer que é certo que é um fenômeno de transmissão de humano para humano”, afirmou o especialista em SARS Zhong Nanshan na televisão estatal chinesa no início dessa semana. Zhong está liderando um painel de especialistas nomeado pelo governo para tratar do surto.
Segundo ele, houve pelo menos um caso de transmissão de homem para homem em Wuhan e dois casos em famílias na província de Guangdong, no sul do país, que faz fronteira com Hong Kong. Zhong também disse que em um caso, um único paciente espalhou o vírus para pelo menos 14 membros da equipe médica. Ele se referiu a esse paciente como um “super transmissor”. Para ele, estes pacientes são a chave para controlar o surto.
A maior preocupação das autoridades chinesas no momento é com o Ano Novo Lunar, que começa a ser celebrado no dia dia 25 de janeiro. Com as massivas movimentações dos cidadãos chineses pelo país nesse período, há um risco de que o vírus se espalhe ainda mais.
“Esperamos que o número de casos infectados aumente durante o período de viagem do Ano Novo Lunar, e precisamos evitar o surgimento de um super transmissor do vírus”, disse Zhong. Milhões de pessoas devem viajar durante este período.
// HypeScience