A China criou um centro de pesquisa para clonar primatas, na cidade de Xangai, que permitirá avançar no diagnóstico e tratamento de doenças celebrais, informou nesta quinta-feira (19) a imprensa local.
O centro, que faz parte de um projeto conjunto entre o Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências e o governo de Changai, também se dedicará à investigação de modelos de doenças não humanas, tecnologias de inteligência neurológica e desenvolvimento de medicamentos.
Citado pelo jornal oficial Global Times, o diretor do instituto, Poo Mu-ming, afirmou que a pesquisa permitirá diagnosticar e tratar doenças como tumores.
Em janeiro, uma equipe de cientistas chineses clonou pela primeira vez dois primatas geneticamente idênticos, com o mesmo método usado na criação da ovelha Dolly em 1996, segundo informou a revista especializada Cell.
Zhong Zhong e Hua Hua são macacos de cauda longa geneticamente iguais e, segundo os cientistas, crescem normalmente. Os primatas foram clonados através da transferência nuclear de células somáticas.
Os primatas foram criados a partir de células de tecido de um primata macaco adulto, um procedimento realizado pelo Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências de Changai.
Ao contrário da ovelha Dolly, que foi clonada a partir do DNA de células diferenciadoras de uma ovelha adulta, os macacos Zhong Zhong e Hua Hua resultaram de uma célula diferenciadora em estado embrionário, o fibroblasto, que existe no tecido conjuntivo.
O processo suscitou críticas por parte de organizações de defesa dos animais, que o classificaram como um “espetáculo de terror” e exigiram o fim desse tipo de experiência com animais.
Poo insistiu que os padrões aplicados foram ainda “mais restritos do que os usados na Europa ou Estados Unidos” e que os dois macacos vivem agora como macacos “normais”.
Ciberia, Lusa // ZAP