O recente leilão que oferecia arrendamentos de perfuração de petróleo no Ártico foi um fracasso. Esperava-se que a chamada atraísse muitos interessados em explorar a área no Alasca, mas a realidade foi outra.
A notícia é uma derrota para o governo Trump, que esperava lucrar com a exploração do Ártico, mas uma vitória parcial para aqueles que se preocupam com o meio-ambiente.
Das 22 partes em que o terreno de exploração foi dividido, o governo estadual do Alasca foi o único interessado e acabou levando nove das 12 que foram abertas para licitação. Outras duas partes foram compradas por empresas privadas e as outras foram retiradas da rodada de aquisições.
O terreno em questão tem cerca de 445 mil hectares, o equivalente a mais de 412 mil campos de futebol. Segundo o governo dos Estados Unidos, há nos subterrâneos da área o equivalente a 11,8 barris de petróleo.
A falta de interesse por parte das possíveis empresas compradoras fez a Autoridade de Desenvolvimento Industrial e Exportação do Alasca (AIDEA) a investir US$ 20 milhões em gastos de emergência para fazer parte das aquisições. As partes do terreno que não foram vendidas serão oferecidas novamente mais à frente.
A situação é considerada como um fracasso histórico. Especialistas não sabem dizer se a falta de interesse foi provocada pela falta de infraestrutura na região, pela falta de investimento durante 2020, em decorrência da pandemia, ou por algum outro motivo.
“[O fracasso de vendas] reflete as realidades econômicas brutais que a indústria de petróleo e gás continua a enfrentar após os eventos sem precedentes de 2020, juntamente com a incerteza regulatória contínua”, analisou Kara Moriarty, CEO da Alaska Oil and Gas Association, em uma nota oficial.
Apesar de ter sido claramente um fracasso, alguns políticos do Alasca celebraram a notícia como algo positivamente histórico. Como se, em breve, o estado fosse capaz de capitalizar em cima do terreno. Porém, a administração do presidente eleito Joe Biden já deixou claro que não tem a intenção de explorar a região. O democrata é contra as perfurações no Ártico.
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