Pontífice afirma que notícias de aglomerações durante o período de festas lhe entristeceram e diz que as pessoas deveriam ser mais conscientes em relação ao sofrimento alheio. “Só pensaram no próprio lazer”.
O papa Francisco criticou neste domingo (03/01) pessoas que, durante os feriados de fim de ano, decidiram fazer viagens e festas, apesar da pandemia e das restrições de movimentação ligadas a ela. O pontífice afirmou que elas deveriam ser mais conscientes em relação ao sofrimento alheio.
“Isso realmente me entristece”, disse Francisco, em reflexões após a reza do Angelus, na biblioteca do palácio apostólico do Vaticano.
A bênção tradicional do Angelus é normalmente dada de uma janela com vista para a Praça de São Pedro, mas neste ano foi feita dentro do palácio para impedir aglomerações de fiéis.
O líder religioso disse que as pessoas precisam se preocupar mais com os outros, e não pensar apenas nos próprios interesses. O papa mencionou ter lido recentemente notícias sobre pessoas que estavam descumprindo medidas impostas pelo governo para passar férias em outros lugares.
“Não pensaram nas pessoas que ficaram em casa, nos problemas econômicos que as pessoas estão sofrendo como consequência da pandemia, nos doentes. Só pensaram nas próprias férias e no próprio lazer”, declarou.
No Brasil, durante todo o período de fim de ano circularam imagens de festas com grandes aglomerações, sobretudo em locais turísticos, violando as recomendações de distanciamento social.
Na Alemanha, a polícia chegou a ter que conter pessoas que aproveitaram a neve para esquiar no sul e oeste do país. No dias de feriado, a polícia na França, Espanha e Alemanha precisou interromper reuniões ilegais na véspera do Ano Novo, após ter sido informada de festas e raves lotadas. No sábado, a polícia espanhola pôs fim a uma grande festa rave em Barcelona, e o mesmo foi feito pelas autoridades de Rennes, na França.
O pontífice afirmou que ninguém sabe o que acontecerá em 2021, mas que o mundo será melhor se todas as pessoas trabalharem a favor do bem comum.
A pandemia de covid-19 já causou 1,8 milhão de mortes em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ciberia // Deutsche Welle