Quando cientistas e pesquisadores afirmam a maconha como a planta do futuro, eles não estão de brincadeira: para muito além de seus efeitos recreativos e de seu imenso potencial medicinal, a cannabis pode ser uma matéria-prima fundamental para combater o desmatamento, através de sua fibra de cânhamo – e aplicada, quem diria, na fabricação de papel higiênico.
Um relatório divulgado pelo Conselho de Defesa dos Recursos Naturais dos EUA denunciou a gravidade do impacto da fabricação de papel higiênico e seu desperdício – e uma das soluções apresentadas para tal dilema é o uso do papel feito da fibra da maconha.
Segundo o relatório, nos EUA a maioria das marcas de papel utilizam madeira das florestas do Canadá como matéria-prima – desmatando assim matas importantes na filtragem dos gases de efeito estufa e destruindo importantes habitats de animais.
Outra fonte importante de tal matéria-prima para todo o planeta é o cerrado brasileiro, principalmente pelas árvores de eucalipto e, portanto, a gravidade de tal problema está no quintal de nossa casa – mas a solução pode mesmo estar na maconha.
O papel higiênico e o papel toalha feitos de cannabis são, segundo pesquisas, mais sustentáveis, recicláveis e biodegradáveis – com uma produção que oferece um impacto muito menor ao meio-ambiente.
A lista de vantagens é extensa: segundo consta, a cannabis é capaz de produzir quatro vezes mais papel por hectare plantado em comparação com as árvores, em vegetação que demora entre 4 e 5 meses para crescer – uma diferença imensa se comparada aos 8 a até 100 anos de uma árvore.
E segue: a planta da maconha forma a melhor biomassa do mundo, capaz de produzir 10 toneladas de Cannabis por acre, e utiliza somente a parte da celulose para criar papel, sem a necessidade de uso de produtos químicos, em produção muito maior.
As fábricas de papel tradicional são também fortes poluentes, e representam um imenso problema no impacto do desmatamento no Brasil e em todo o planeta. De modo geral, portanto, a fabricação com cannabis é de impacto muito menor, renovável, mais barata e rápida.
Mais durável, mais macio, mais absorvente e mais barato, o papel feito de Cannabis também se torna um impacto menor depois de utilizado: trata-se de material que não acumula nos sistemas de saneamento das cidades, e que carrega menos químicos durante o processo de despejo de modo geral.
Se a maconha em seu uso medicinal pode representar uma verdadeira revolução para nossa saúde diretamente, indiretamente sua utilização como matéria-prima alternativa e ecológica pode fazer um imenso bem para a saúde da planeta e, em um ciclo completo, novamente para a saúde humana.
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