Não é de hoje que a comunidade médica e científica nos alerta sobre os perigos do excesso de trabalho. Passar mais horas do que o considerado saudável no escritório pode ser benéfico à conta bancária, mas está fazendo mal à nossa saúde física e mental.
Uma recente pesquisa mostrou que pessoas que trabalham muito têm mais chance de ficar careca. Segundo o estudo, que passa mais de 52 horas por semana no trabalho tem 2 vezes mais chances de ficar careca.
A pesquisa acompanhou mais de 13 mil homens na Coréia do Sul, onde é comum exceder em muito as 40 horas de trabalho por semana. A conclusão é de que o estresse que advém do trabalho prolongado pode causar uma alteração hormonal no couro cabeludo e inibir o crescimento dos folículos capilares, conforme relatado pelo LadBible. Isto porque, o estresse ataca o nosso sistema imunológico, que por sua vez inibe o crescimento de cabelo.
As pessoas por trás do estudo pediram aos empregadores que sejam mais atenciosos com as horas que seus funcionários trabalham, argumentando que não só isso pode levar à perda de cabelo, mas também uma série de outros efeitos colaterais negativos.
A pesquisa foi conduzida por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Sungkyunkwan – na Coréia do Sul, que acompanharam homens entre 20 e 59 anos durante um período de quatro anos.
Eles foram agrupados de acordo com a quantidade de horas que trabalhavam, mas também outros fatores, incluindo renda, tabagismo e status social. O principal autor – Kyung-Hun Son confirmou: “Os resultados deste estudo demonstram que longas horas de trabalho estão significativamente associadas ao aumento do desenvolvimento da alopecia em trabalhadores do sexo masculino”.
No Brasil, a jornada de trabalho preconizada é de 40 horas semanais, mas há muitos que já fazem 10 ou 12, prolongam o sábado, emendam o domingo, e assim passam a vida a trabalhar. Lutar para conquistar seu sonho e levar uma vida confortável é uma coisa, porém, a nossa geração está exagerando.
O resultado são jovens com crise de ansiedade, distúrbios mentais e um número cada vez maior de pessoas diagnosticadas com Síndrome de Burnout – quando o corpo literalmente se esgota, entrando em colapso físico e emocional, tendo de buscar ajuda médica ou psicológica imediata.
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