Lula Marques / AGPT

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel
A Polícia Federal (PF) concluiu inquérito da Operação Acrônimo e indiciou oito pessoas, entre as quais o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho e a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel (PT).
O relatório – concluído em 21 de setembro – foi revelado no domingo (22) pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.
De acordo com o G1, suspeito de ter atuado para obter vantagens indevidas e doações para sua campanha eleitoral em 2014 fora da contabilidade oficial, o governador mineiro não foi indiciado neste inquérito da Acrônimo por ter direito a foro privilegiado. Segundo a PF, Pimentel é apontado como coordenador da “organização criminosa”.
A delegada Denisse Ribeiro, que é responsável pelo inquérito, pediu autorização ao ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para indiciar Pimentel, informou reportagem do jornal O Globo publicada neste domingo.
Foram indiciados, além de Coutinho e da mulher de Pimentel, o consultor Mário Rosa e o ex-diretor do grupo Casino Ulisses Kameyama.
Ainda conforme O Globo, as práticas criminosas do grupo supostamente comandado por Pimentel resultaram em repasses de mais de R$ 6 milhões – R$ 3,2 milhões teriam sido direcionados ao governador por meio de empresas de fachada; outros R$ 2,8 milhões, por uma consultoria da primeira-dama de Minas.
A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação.
O governador de Minas Gerais é suspeito de ter usado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido “vantagens indevidas” do proprietário dessa gráfica, o empresário Benedito Oliveira. Pimentel nega as acusações.
A defesa de Fernando Pimentel afirmou que esse é um caso emblemático de excesso de perseguição e que a narrativa dos fatos desmente a conclusão do relatório. A defesa da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, declarou que confia que a Justiça irá rejeitar as acusações.
Ciberia // G1