Se Hollywood quisesse fazer um filme sobre uma horrível invasão de plantas, a Heracleum mantegazzianum era uma ótima candidata ao papel principal. A planta, conhecida como “hogweed”, pode causar queimaduras de terceiro grau.
A gigante hogweed, listada como nociva em pelo menos oito estados norte-americanos, foi vista na Virgínia pela primeira vez na semana passada. De acordo com a Universidade Tecnológica da Virgínia, nos Estados Unidos, cerca de 30 destas plantas foram encontradas no condado de Clarke.
Os residentes locais ficaram muito assustados e foram alertados para se manterem atentos, devido à probabilidade de a hogweed voltar a fazer uma visita.
Nativa da região do Cáucaso, na Europa oriental e Ásia ocidental, a planta parece uma versão enorme da hogweed comum, que é benigna. No entanto, pelo contrário, a Heracleum mantegazzianum pode causar queimaduras graves na pele, mesmo se uma pessoa apenas encostar em seus galhos.
As cerdas presentes nos galhos da planta emitem uma seiva desagradável que irrita a pele, causando danos severos através da exposição à luz solar e aos raios ultravioleta. As pessoas que entram em contato com a hogweed ganham bolhas enormes na pele que podem deixar cicatrizes e sensibilidade à luz durante vários anos.
Essa planta é um autêntico monstro disfarçado. A aparência pode até não demonstrar que a hogweed é perigosa, mas a planta pode crescer mais de quatro metros, espalhando suas folhas gigantescas e produzindo aglomerados de flores brancas em forma de guarda-chuva.
Na Grã-Bretanha, a hogweed foi utilizada como planta “ornamental” de jardim, no século XIX. Apenas algumas décadas depois, a hogweed também foi introduzida na América do Norte, copiando assim o erro cometido pela Grã-Bretanha. Desde então, trava-se uma dura batalha para deter a invasão dessa planta terrível.
Evitar a disseminação da planta não é uma tarefa fácil. As sementes (e cada exemplar de hogweed pode ter milhares) permanecem viáveis no solo durante vários anos.
“Em alguns casos, uma infestação de hogweed gigante é melhor controlada se for feito um plano de ataque de dois, três ou mesmo quatro frentes”, explica o Departamento de Conservação Ambiental de Nova York.
Os métodos envolvem cortar as raízes da planta, remover as cabeças das sementes, destruí-las quando ainda são pequenas e usar herbicida. E é claro: nada disso é possível sem equipamentos de proteção.
Ciberia // ZAP