A Polícia Federal (PF) cumpre hoje (14) dois mandados de prisão preventiva por suspeita de corrupção na construção da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro.
Os suspeitos presos são Heitor Lopes de Sousa Junior, diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (RioTrilhos), e Luiz Carlos Velloso, atual subsecretário de Turismo e ex-subsecretário estadual de Transporte.
Os 40 policiais envolvidos na operação cumprem também 13 mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal, no Rio.
Segundo a PF, os suspeitos participam de um grupo criminoso responsável por cobrar propina e lavar dinheiro em obras que incluem a Linha 4, que liga Ipanema à Barra da Tijuca.
Além das prisões, o Ministério Público Federal (MPF), parceiro da PF nas investigações, pediu o bloqueio de R$ 220 milhões de sete pessoas e três empresas. Os procuradores também pedem o bloqueio de bens de R$ 36 milhões de Heitor e de R$ 12 milhões de Velloso.
Ainda de acordo com as investigações, de 2010 a 2013, Heitor recebeu propina no valor de R$ 5,4 milhões de duas empresas. Ao todo, foram 31 transferências de recursos.
Os dois presos seriam responsáveis por procurar empreiteiras para executar obras, cobrando de vantagens indevidas. Eles serão indiciados por corrupção e lavagem de dinheiro e encaminhados ao sistema prisional do estado.
A principal forma de esconder a propina era a criação de aditivos que aumentavam os custos dos projetos e alteravam o escopo técnico das obras.
A operação é uma fase da Lava Jato no Rio de Janeiro e conta com a parceria da Receita Federal, além do MPF. A fase foi batizada de Tolypeutes, em referência ao equipamento utilizado nas escavações do Metrô, apelidado de Tatuzão. Tolypeutes é o gênero das espécies de tatu-bola na classificação científica.
Ciberia // Agência Brasil