O presidente da FIFA admitiu esta quinta-feira (6) que defende um “campeonato do mundo com 48 nações de forma a dar mais oportunidades a mais equipes”, estimando que uma “organização conjunta entre vários países” é um “ponto fundamental”.
Em entrevista à AFP, Gianni Infantino, que anteriormente já havia defendido um mundial com 40 equipes, em vez das 32 atuais, explica agora que não põe de lado considerar uma Copa do Mundo com 48 seleções.
O presidente da FIFA explicou que as 16 melhores seleções poderiam se apurar diretamente para a Copa, e as restantes 32 equipes se juntariam mais tarde, depois de um play-off.
“Daria hipóteses a mais equipes. Além disso, não haveria qualquer impacto no calendário futebolístico, já que estes jogos de play-off seriam disputados em vez dos amistosos antes da Copa”, explicou.
O projeto da Copa com 48 equipes “vai certamente ser discutido a 13 e 14 de outubro, durante o próximo Conselho da FIFA. É um projeto, uma ideia, como a Taça do Mundo a 40 que está ainda em cima da mesa com grupos de quatro ou cinco equipes”, indicou o sucessor de Joseph Blatter.
“Vamos certamente tomar uma decisão no próximo ano, é preciso ver qual será o impacto para o futebol a nível mundial”, disse ainda.
O Campeonato Europeu de 2016, na França, contou com 24 seleções num torneio com um mês de duração e apenas oito países eliminados no final da primeira fase.
Muitos argumentaram que o formato fez com que a qualidade fosse diluída, enquanto outros foram ficaram satisfeitos por ver o País de Gales chegar às semi-finais, enquanto a Islândia surpreendeu a Inglaterra no seu caminho para as quartas de final.
“As pessoas falam muito sobre um declínio no padrão da competição, mas na minha opinião a qualidade do Euro não foi pior, pelo contrário. Houve seleções que não imaginávamos que poderiam ser tão fortes e com nível tão alto”.
Infantino, que sucedeu a Joseph Blatter a 26 de fevereiro, considerou também que a “poeira” do “terremoto” de corrupção que agitou a FIFA e motivou a demissão do ex-presidente do organismo já está pousando.
O líder da FIFA defendeu que o ponto alto da crise já foi ultrapassado, se manifestando “bastante feliz e confiante para o futuro”.
“Ninguém é perfeito, nem eu. Mas não roubo, não retiro lucros e não engano ninguém. Também não permitirei que ninguém deste organismo faça isso”, assegurou o antigo secretário-geral da UEFA e ex-braço direito de Michel Platini, também afastado do organismo europeu.
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