A Fifa anunciou nesta quarta-feira (13) que a Copa do Mundo de 2026 será sediada por México, Canadá e Estados Unidos, a primeira vez que o torneio será disputado em três países simultaneamente, uma candidatura que venceu o projeto apresentado por Marrocos em eleição realizada por 134 votos a 65.
Mas a candidatura tríplice para o Mundial que será disputado daqui oito anos não é a única grande alteração na estrutura do evento. Talvez nem seja a principal, afinal, esta será a primeira Copa com a a participação de 48 seleções, o que significa mais partidas e uma mudança no formato de disputa.
Confira como será a Copa do Mundo 2026:
1) Três países organizadores.
Pela primeira vez, a organização do Mundial será divida entre três nações, mas os Estados Unidos receberão 75% dos jogos (60 dos 80 programados). A única experiência prévia de sede compartilhada foi em 2002, quando o torneio ocorreu na Coreia do Sul e no Japão.
2) 48 seleções e minitorneio de repescagem.
O Mundial norte-americano também será o primeiro com 48 seleções, 16 a mais que nas edições anteriores, o que modificará as cotas de vagas por continente.
A Europa terá 16 (contra os 13 atuais), a África nove (cinco), a Ásia oito (quatro), a América do Sul seis (quatro), Américas do Norte e Central seis (três) e a Oceania contará com uma seleção (atualmente, o melhor time do continente precisa passar por uma repescagem mundial).
As outras duas vagas sairão de um minitorneio de repescagem com seis equipes, uma por confederação, com exceção da Uefa, que terá duas concorrentes. Será jogado em partida única e haverá dois cabeças-de-chave estabelecidos de acordo com o ranking da Fifa, que passarão diretamente para as semifinais. Os finalistas terão presença garantida na Copa.
3) 80 partidas, com rodada de 16 avos de final, em 32 dias de competição.
Apesar do número de partidas passar de 64 para 80, o que vai exigir uma rodada a mais de mata-mata, o torneio não terá duração ampliada, permanecendo em 32 dias.
Isso será possível porque serão 16 grupos de três equipes e não mais os oito de quatro seleções, como acontece atualmente. A classificação de dois times por chave prossegue.
4) Partida de abertura no Azteca, Rose Bowl ou MetLife.
A proposta norte-americana tem um projeto de 16 sedes, oferecendo três cidades para abrigar a partida inaugural: Cidade do México, Los Angeles e Nova York. No caso do México, o estádio Azteca se tornaria no primeiro da história a abrigar três aberturas de Copa.
5) Final nos Estados Unidos: Los Angeles, Nova York ou Denver
A proposta tripla apresentou as três cidades como opções para a decisão. Vale lembrar que o Rose Bowl, em Los Angeles, foi palco do tetracampeonato do Brasil, em 1994.
6) Custos de US$ 2,16 bilhões e receita de US$ 14,3 bilhões
O orçamento exposto pela candidatura tripla prevê um lucro quase sete vezes maior que os gastos estimados para organizar o torneio. A receita também é o dobro da prometida por Marrocos.
Ciberia // EFE