Seis pessoas ficaram feridas, incluindo três agentes das forças de segurança, e 29 foram detidas em protestos contra o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, em Paris, informou esta segunda-feira a polícia francesa.
No total, os agentes controlaram cerca de 140 pessoas, mas só 29 manifestantes ficaram detidos, informou a mesma fonte, citada pela EFE.
As praças da Bastilha e da República, na capital francesa, foram palcos das manifestações contra a passagem ao segundo turno da candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, e do independente Emmanuel Macron, que se enfrentam no próximo turno em 7 de maio.
O protesto foi convocado por movimentos antifascistas e anticapitalistas, que pretendiam montar barricadas para mostrar a recusa em entrar no jogo dos políticos e a vontade de construir “outro mundo”.
A manifestação foi convocada às 18h (13h em Brasília), duas horas antes do fechamento das mesas de voto, e o movimento, com danos a veículos e estabelecimentos, começou quando as projeções anteciparam a passagem ao segundo turno do ex-ministro da Economia e da líder da Frente Nacional.
Em outras cidades, como Lyon, Bordeaux, Grenoble ou Toulouse, também houve manifestações.
Segundo os meios de comunicação locais, foram registrados no total cerca de 40 protestos em diferentes partes do país, mas o número total de detidos não foi divulgado.
Os dados do primeiro turno, quando estavam apurados 97% dos votos, indicam que o centrista venceu com quase 2,5 pontos percentuais a mais que a candidata da extrema-direita.
Segundo os dados do Ministério do Interior, quando faltam apurar apenas 3% dos votos, Macron obteve 23,86%, enquanto Le Pen conquistou 21,43%.
Em terceiro lugar ficou o conservador François Filon, com 19,94%, enquanto Jean-Luc Mélenchon (esquerda) obteve 19,62% dos votos. O socialista Benoît Hamon obteve uma derrota histórica para o seu partido, com 6,35% dos votos.
O candidato liberal já recebeu o apoio de outros candidatos presidenciais derrotados e, de acordo com projeções, Macron deve derrotar a adversária com mais de 60% dos votos.
// ZAP