Enquanto países estão gastando bilhões de dólares para construir reatores de fusão nuclear enormes, para gerar eletricidade limpa e barata, um garoto de 12 anos dos EUA tornou-se a pessoa mais jovem a alcançar fusão nuclear, de acordo com o Guinness World Records.
Faltando apenas algumas horas para completar 13 anos, Jackson Oswalt conseguiu fundir dois átomos de deutério (um isótopo, ou tipo, de átomo de hidrogênio) em um reator de fusão que ele construiu em casa.
De acordo com Jackson, ele foi a única pessoa que trabalhou no reator durante as etapas de design e produção.
Jackson e seu reator de fusão nuclear caseiro
“A temperatura no meu fusor varia, mas é de aproximadamente 100 milhões de graus [Kelvin] (quase 100 milhões de graus Celcius)”, disse Jackson no vídeo do Guinness World Records que acompanha o anúncio.
“Eu consegui usar eletricidade para acelerar dois átomos de deutério para que eles se fundam em um átomo de hélio 3 [isótopo], que também libera um nêutron que pode ser usado para aquecer água e girar uma máquina a vapor, que por sua vez, produz eletricidade ”, explicou ele no vídeo.
Jackson foi inspirado por Taylor Wilson, que era o detentor do recorde anterior aos 14 anos.
Jackson e seu certificado de recorde
Construir um reator de fusão em casa, mesmo que não tenha potência suficiente para gerar mais energia do que ele usa para funcionar, é uma tarefa desafiadora.
Como a reação é feita no vácuo a parte mais difícil foi selar hermeticamente a câmara de fusão que, Segundo Jackson, levou seis meses.
“Houve alguns momentos durante o projeto em que tive algumas reservas,” admitiu a mãe de Jackson. “Eu definitivamente estaria pesquisando coisas no Google antes que ele ligasse o aparelho em vários estágios.”
“Como a mãe dele, nós não sabíamos o suficiente para termos reservas, para ser honesto”, afirmou o pai do garoto.
A mãe dele também disse que “ele fez um ótimo trabalho ao nos explicar” e foi por essa razão que seus pais continuaram financiando seu projeto.
Veja o vídeo sobre a realização de Jackson
// HypeScience