A China quebrou um recorde com seu reator de fusão Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST) na sexta-feira, quando sustentou uma temperatura plasmática de 120 milhões de graus Celsius por 101 segundos, de acordo com a agência estatal Global Times.
O reator também foi capaz de sustentar uma temperatura de 160 milhões de graus Celsius por 20 segundos.
Para você ter uma idéia, o núcleo do Sol do nosso sistema solar “apenas” atinge cerca de 15 milhões de graus Celsius, de acordo com Space.com. Então, por um momento, EAST ficou mais de 10 vezes mais quente do que isso.
É um grande marco para o reator EAST, que foi apelidado de “Sol artificial” por sua capacidade de replicar o processo natural de fusão nuclear das estrelas. Isso poderia contribuir para desvendar o mistério da criação de fusão sustentável e confiável.
“O avanço é um progresso significativo, e o objetivo final deve ser manter a temperatura em um nível estável por um longo tempo”, disse Li Miao, diretor do departamento de física da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul de Shenzhen, China, ao Global Times.
O feito mais recente do reator é especialmente impressionante considerando que o reator EAST já havia atingido uma temperatura recorde de 100 milhões de graus Celsius em 2018.
Lin Boqiang, diretor do Centro de Pesquisa em Economia de Energia da Universidade de Xiamen, disse ao Global Times que a fusão nuclear representa o futuro da energia limpa — embora ele tenha enfatizado que provavelmente levará décadas até que um reator saia de estágios experimentais.
“É mais como uma tecnologia futura que é fundamental para o impulso do desenvolvimento [sustentável] da China”, disse Boqiang ao Global Times.
Esse passo é incrivelmente emocionante e representa mais um grande passo adiante para tornar a energia limpa e ilimitada uma realidade.
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