Atriz confirma decisão após se reunir pela terceira vez com Jair Bolsonaro. Ela substitui Roberto Alvim, demitido após onda de repúdio por parafrasear ministro de Hitler.
Regina Duarte anunciou nesta quarta-feira (29/01) que aceitou assumir a Secretaria Especial da Cultura. A decisão foi confirmada após um terceiro encontro entre a atriz e o presidente Jair Bolsonaro.
“Sim, só que agora vão ocorrer os proclamas antes do casamento”, afirmou Regina Duarte a jornalistas ao sair do Palácio do Planalto, em referência à metáfora usada por Bolsonaro após o primeiro encontro com a atriz depois do convite para que ela assumisse a secretaria.
Na época, o presidente disse que havia iniciado “um noivado” com a atriz. Regina Duarte disse então que estava “noivando”, antes de confirmar se assumiria o posto.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Regina tem que resolver questões contratuais com a TV Globo antes de ser anunciada oficialmente para o cargo no governo.
Bolsonaro também confirmou à imprensa a decisão da atriz. “Está tudo certo, está caminhando, ela está acertando as questões pessoais dela. Não tem prazo”, disse. O presidente já havia dito que Regina Duarte terá liberdade para montar sua equipe.
A atriz, que já havia declarado seu apoio a Bolsonaro antes das eleições presidenciais de 2018, substitui Roberto Alvim, que foi demitido após uma onda de repúdio por causa de um discurso no qual ele fez uso de trechos plagiados de uma fala do antigo ministro nazista Joseph Goebbels (1897-1945).
Regina Duarte, de 72 anos, tem uma longa carreira na televisão. Sua estreia foi em 1965, aos 18 anos, na emissora Excelsior. Em 1969, fez sua primeira novela na Globo, Véu de Noiva. Em 1985, interpretou a viúva Porcina, em Roque Santeiro, um de seus papeis mais marcantes. A atriz participou de várias peças de teatro e atuou em diversos filmes.