Um tailandês de 21 anos matou a filha de 11 meses ao vivo no Facebook, tendo se suicidado depois diante da câmara, revelou no domingo (23) a polícia da Tailândia.
O crime acontece dias depois de nos Estados Unidos um homem ter matado a tiro uma vítima escolhida “aleatoriamente” na rua e transmitido o crime pelo Facebook.
De acordo com a agência de notícias France Presse, foram os amigos do homem que advertiram a polícia de Phuket, no sul da Tailândia.
“Já estavam mortos quando chegamos ao local” na segunda-feira à tarde, disse o tenente Jullaus Suvannin, um dos primeiros a chegar à cena do crime. Segundo a polícia, o homem teve uma discussão com a mãe da filha, de apenas 11 meses.
Segundo o jornal local Phuket Gazette, Wuttusan Wongtalay, de 21 anos, e a filha Natalee, de apenas 11 meses, foram encontrados enforcados em um muro de 10 metros no local de construção de um novo hotel, na praia de Nai Thon, em Phuket.
Após mais um crime transmitido ao vivo no Facebook, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, declarou que iria fazer tudo o que fosse possível para evitar a repetição de tragédias deste tipo. “Temos muito trabalho. Vamos continuar fazendo tudo o que pudermos para evitar este tipo de tragédia”, declarou Zuckerberg.
Esta não é a primeira vez que uma morte é publicada ou transmitida ao vivo no Facebook Live, ferramenta que permite que qualquer pessoa com conta no Facebook faça transmissão de vídeo em tempo real.
Em junho do ano passado, um homem foi morto enquanto transmitia imagens de si próprio nas ruas de Chicago. Em março, um homem não identificado foi alvejado 16 vezes durante uma transmissão ao vivo na rede social.
Além de assassinatos, outros tipos de crimes graves têm sido transmitidos ao vivo através do Facebook, como foi o caso, em março, de uma adolescente que foi violada enquanto o ataque, realizado por um grupo de 5 a 6 indivíduos, era transmitido ao vivo através da rede social.
A transmissão da violação, que aconteceu em Chicago, nos EUA, foi vista por 40 pessoas, que não fizeram qualquer denúncia à polícia.
Também se têm repetido transmissões de suicídios ao vivo na rede social, como foi o caso, em janeiro deste ano, de um policial brasileiro que se matou ao vivo, ou, em maio de 2016, do suicídio de um professor transmitido pelo Facebook.
Mais de um ano antes, em março de 2015, o Facebook anunciava estar desenvolvendo “ferramentas anti-suicídio” que permitissem aos amigos de um internauta “identificar sinais e pistas” de potenciais tendências suicidas.
Mas talvez não seja conciliável para a rede social de Mark Zuckerberg ter a nobre pretensão de “impedir ou prevenir o suicídio”, e ao mesmo tempo facultar a qualquer usuário ferramentas para transmitir a morte ao vivo.
// ZAP