Queda de cabelo, náuseas, feridas na boca e emagrecimento excessivo são alguns dos efeitos colaterais causados pela quimioterapia, o tratamento mais comum para pacientes com diversos tipos de câncer.
Isso acontece porque os medicamentos quimioterápicos atacam não só as células cancerígenas que se multiplicam rapidamente, mas também as células saudáveis que se dividem em grande velocidade.
Muitos desses efeitos, que dificultam ainda mais o tratamento dos pacientes, podem estar com os dias contados.
O Instituto de Química da Unicamp (Universidade de Campinas) desenvolveu uma tecnologia chamada “nanopartícula de sílica peliguida” que será capaz de levar os medicamentos – aplicados na veia do paciente – até as células cancerígenas com maior rapidez e precisão.
O pesquisador e doutorando em Química do instituto Leandro Carneiro da Fonseca acredita que a nova tecnologia reduzirá significativamente os efeitos colaterais da quimioterapia nos próximos dez anos.
“A viabilidade disso depende de algumas etapas de testes e da aprovação da Anvisa”, explica Fonseca, em entrevista para o jornal Metro.
Segundo a Unicamp, trata-se de um resultado inicial promissor, mas a taxa de técnicas propostas para o combate ao câncer que se mostram promissoras, em testes in vitro, e que acabam se revelando realmente viáveis como tratamento é muito baixa – da ordem de 5%, segundo algumas estimativas.
“É um índice baixo, muito baixo”, reconhece Cardoso. “Eu, particularmente, acredito que antes que a gente tenha algum ensaio in vivo, mais definitivo, precisamos aprimorar um pouco o sistema, que é o que já estamos fazendo, tentando botar anticorpos na superfície. Porque o anticorpo com a célula de câncer, é como se fosse chave e fechadura”, exemplifica.
“Então, a nossa ideia é colocar anticorpos para que somente um único tipo de célula reconheça aquela nanopartícula, através do anticorpo, e aí o tratamento seria muito mais eficaz”, afirma.
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