17 anos depois, teste de DNA identifica nova vítima do 11 de setembro

Robert J. Fisch / Wikimedia

Atentado de 11 de Setembro de 2001, World Trade Center

Investigadores forenses conseguiram identificar a 1.642ª vítima do atentado às Torres Gêmeas, ocorrido em 11 de setembro de 2001, na cidade de Nova York.

11 de setembro de 2001 é uma data que dificilmente alguém consegue esquecer. O dia em que dois aviões sequestrados por terroristas da Al-Qaeda se chocaram contra as Torres Gêmeas, em Nova York, nos EUA, e mataram 2.753 pessoas.

No entanto, como escreve o Live Science, a destruição dos arranha-céus deixaram muitos restos muito danificados para poderem ser identificados. Até há pouco tempo, apenas 1.641 dessas vítimas – cerca de três quintos – haviam sido identificadas entre os restos mortais recuperados do Marco Zero.

Porém, na semana passada, segundo o New York Times, foi identificada a 1.642ª vítima do atentado, que foi um dos mais mortais da história, através da correspondência dos restos mortais com um teste de DNA.

Scott Michael Johnson, de 26 anos, trabalhava no 89º andar da torre sul, como analista de valores imobiliários no banco de investimento Keefe, Bruyette & Woods, quando o ataque terrorista aconteceu.

Cientistas forenses conseguiram provar que o DNA extraído de um osso encontrado no local coincide com uma amostra de DNA tirada da escova de dentes da vítima e amostras dos pais. De acordo com o jornal, essa é a primeira vítima identificada desde agosto de 2017.

Desde o 11 de setembro, os médicos legistas têm feito um esforço contínuo para identificar “quase 22 mil” restos mortais recuperados no local. Essa identificação bem sucedida foi a sexta ou sétima tentativa para identificar o osso de Johnson.

O processo para identificar o osso, de acordo com o diário, envolveu retirar uma amostra e transformá-la em pó para liberar o DNA. Em seguida, os analistas forenses expuseram o pó a enzimas que replicaram e multiplicaram qualquer DNA presente, aumentando assim o tamanho da amostra para o sequenciamento.

Dessa vez, segundo o New York Times, os cientistas usaram uma nova técnica de pulverização do osso, utilizando “rolamentos de esferas ultrassônicos” (que se batem muito rapidamente), o que criou um pó ainda mais fino. Esse pó ajudou a produzir um resultado positivo.

Tom Johnson, pai do falecido Scott, afirmou que “embora esteja grato pela cidade ter sido sensível e diligente no trabalho, a novidade é apenas mais uma lembrança da dor que ele e sua família sentiram durante 17 anos”, cita o jornal norte-americano.

Ciberia // ZAP

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