O presidente dos EUA condena “todas as formas de violência, intolerância e de ódio” e “todos os grupos extremistas”, incluindo os movimentos associados à supremacia branca, esclareceu a Casa Branca neste domingo (13).
“O presidente afirmou [no sábado] de forma vigorosa que condenava todas as formas de violência, intolerância e de ódio. Isso inclui, é claro, os supremacistas brancos, o KKK [Ku Klux Klan, movimento de supremacia branca], os neonazistas e todos os grupos extremistas”, declarou um porta-voz da Casa Branca, numa altura em que Trump tem sido criticado pela reação à violência que marcou no sábado uma ação da extrema-direita na cidade norte-americana de Charlottesville.
Incidentes ocorridos na cidade do Estado da Virgínia causaram a morte de uma mulher de 32 anos, e cerca de 20 pessoas ficaram feridas. Dois agentes da polícia estadual da Virgínia também morreram quando o helicóptero em que viajavam caiu. Eles estavam reforçando a vigilância da cidade por causa da marcha associada ao movimento de supremacia branca.
O mesmo porta-voz referiu ainda que Trump mantém o apelo de uma “unidade nacional de todos os americanos”.
O chefe de Estado norte-americano tem sido alvo de fortes críticas depois de ter condenado, no sábado, “o ódio e o fanatismo” de “múltiplas partes”.
Em declarações no sábado, Trump classificou como “terríveis” os acontecimentos em Charlottesville, mas sem mencionar de forma direta os supremacistas brancos que tinham convocado a marcha, entre eles David Duke, ex-líder do KKK, e vários indivíduos que exibiam símbolos relacionados com o regime nazista.
A marcha foi convocada para contestar a decisão de Charlottesville de remover a estátua do general Robert E. Lee de um parque no centro da cidade, considerado atualmente um símbolo da defesa da escravatura e do racismo.
As autoridades locais consideraram o protesto ilegal e o governador da Virgínia decidiu declarar estado de emergência, mas milhares de pessoas convergiram para o centro de Charlottesville, a cerca de 160 quilômetros de Washington, e foram registrados violentos confrontos entre os apoiantes do protesto nacionalista e contra manifestantes.
Pouco depois, um condutor atropelou de forma intencional um grupo de manifestantes. Jaems Fields, de 20 anos e oriundo do Estado do Ohio, foi detido e acusado de vários crimes, incluindo de homicídio.
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