Desde que as informações sobre a incidência de febre amarela em Minas Gerais começaram a circular, a procura pela vacina no município do Rio triplicou, o que esgotou as doses em muitos pontos da cidade.
Febre Amarela
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A Secretaria Municipal de Saúde descartou a possibilidade de uma vacinação em massa no Rio de Janeiro e recomenda a imunização apenas para quem for viajar para regiões em que há transmissão da doença. Mesmo assim, a média mensal de cinco mil doses aplicadas subiu para 17 mil em janeiro deste ano.
“Não há febre amarela na cidade do Rio. Só devem ser vacinadas as pessoas que passaram por avaliação médica, assim como as pessoas que estão com viagem agendada para locais com registros da doença, como Minas Gerais, Amazonas, Pantanal e países como Colômbia, Bolívia, Equador e Peru, entre outros”, diz a nota da secretaria.
O órgão alerta que a vacina pode causar reações adversas em casos de contraindicação. Outro risco é que a alta demanda faça com que pessoas que precisam da imunização não a encontrem disponível nos postos de saúde.
Para que evitar que vacina chegue aos casos em que há recomendação, uma remessa extra foi pedida ao Ministério da Saúde e já começará a ser distribuída hoje.
Governo descarta corrida aos postos
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que recebeu, no mês de janeiro, 50 mil doses da vacina contra a febre amarela – 30 mil doses a mais do que a fornecida mensalmente à unidade federativa pelo Ministério da Saúde.
O reforço, segundo a pasta, se deve ao aumento da procura pela vacina após a confirmação do primeiro óbito por febre amarela registrado no Distrito Federal. A vítima, um homem de 40 anos que veio infectado de Januária (MG) para a capital federal, morreu na última sexta-feira (18).
Desde o anúncio do óbito, três novos casos da doença foram notificados na unidade federativa, mas todos foram descartados por meio de exames feitos pelo Laboratório Central. A identidade e demais informações dos pacientes, segundo a secretaria, não podem ser divulgadas.
A Secretaria de Saúde alerta que a população deve evitar a vacinação de forma desnecessária, o que pode ser prejudicial ao organismo.
Segundo a secretaria, quem já tomou duas vacinas contra a febre amarela, ao longo da vida, não precisa mais ser imunizado contra a doença.
O esquema para crianças é uma dose aos 9 meses de vida e um reforço aos 4 anos de idade. Para quem nunca tomou e já está na fase adulta, é necessário apenas uma dose e, após 10 anos, o reforço.
Pessoas que vão visitar áreas consideradas endêmicas, como algumas cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, e que vão receber a primeira dose contra a febre amarela devem se vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.
“A população deve seguir a recomendação e administrar as doses no intervalo de tempo recomendado, uma vez que, quando não são respeitados os prazos, o excesso de doses pode aumentar a chance de adquirir a doença na forma vacinal”, alertou a secretaria.
Na semana passada, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, disse que a população pode ficar “absolutamente tranquila” quanto às medidas adotadas pela pasta.
“Vacinamos 191 mil pessoas até outubro de 2016 e vamos fechar os números do ano com mais de 95% de cobertura”, destacou.