O governo do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (26) que, a partir do ano de 2040, os novos veículos e caminhonetes movidos a diesel e gasolina estarão proibidos, com a intenção de combater a poluição.
A medida, que foi antecipada hoje pelo ministro de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, Michael Gove, vem motivada por uma batalha legal após a qual a Justiça britânica determinou que o Executivo, liderado pela conservadora Theresa May, estabelecesse um plano para reduzir os altos níveis de poluição atmosférica.
“Não podemos continuar com os carros a diesel e gasolina, não só pelos problemas de saúde que eles causam, mas também porque suas emissões significariam uma aceleração da mudança climática. Causaríamos dano ao nosso planeta e às próximas gerações”, disse Gove a uma emissora de rádio da rede BBC.
A regulamentação, que entrará em vigor a partir de 2040, faz parte do orçamento de 255 milhões de libras (252 milhões de euros) que o governo destinará para ajudar os conselhos locais a combater a poluição gerada por esses veículos, de um total de 3 bilhões de libras (3,362 bilhões de euros) que serão destinados a medidas para melhorar a qualidade do ar.
Assim como a França, que anunciou planos similares, a proibição dos veículos a gasolina e diesel acontece, segundo Gove, em um momento no qual “os sinais de mudança para veículos elétricos estão cada vez maiores”.
O ministro explicou que os recursos destinados às autoridades locais servirão para “elaborar planos adequados para fazer frente a alguns dos desafios particulares que enfrentam”.
“Esses planos poderiam incluir tudo, desde a mudança da frota de ônibus – a remodelação dos ônibus para que já não emitam alguns desses gases nocivos – e poderiam incluir, em áreas específicas, restrições particulares aos motoristas”, observou o ministro.
Gove falou do plano do prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, de introduzir novas taxas para os cidadãos que circularem com esses veículos poluentes. “Não acredito que seja algo necessário, mas trabalharemos com as autoridades locais para determinar qual é o melhor enfoque para enfrentar o problema“, opinou.
// EFE