A Justiça da França condenou nesta quinta-feira uma mulher vegana a sete meses de prisão, mas ficará isenta de cumpri-la, por apologia ao terrorismo, depois que ela comemorou em uma rede social a morte de um açougueiro no atentado jihadista de 23 de março em um supermercado em Trèbes, no sul do país.
“Vocês se chocam com o fato de um assassino morrer pelas mãos de um terrorista? Eu não. Tenho zero compaixão pelo açougueiro. Às vezes, há justiça”, publicou a mulher no Facebook três dias depois dos ataques que causaram mortes em Carcassonne e Trèbes.
Esta condenação se soma à formulada contra Stéphane Poussier, antigo candidato do partido de esquerda França Insubmissa, que comemorou o assassinato nesse mesmo ataque do gendarme Arnaud Beltrame, considerado um herói nacional por ter se oferecido para ser trocado por uma refém do jihadista Radouane Lakdim.
Lakdim, um franco-marroquino de 25 anos de idade, foi abatido pela polícia durante a dramática tomada de reféns no supermercado em Trèbes.
Celebrado como herói, Arnaud Beltrame trocou de lugar com vítima durante cerco em supermercado no sudeste da França e acabou baleado na troca de tiros quando polícia invadiu local e matou o terrorista.
No dia 23 de março, Radouane Lakdim, que reivindicou ser do grupo terrorista Estado Islâmico, fez várias pessoas de reféns em um supermercado de Trèbes, perto de Carcassonne, no sul da França.
De acordo com os relatos, ao entrar no supermercado o homem teria gritado “Deus é grande” e “vou matar todos”. Ele teria também exigido a libertação de Salah Abdeslam, principal suspeito dos ataques de 13 de novembro de 2015, nos quais morreram 130 pessoas.
Quatro pessoas morreram e o sequestrador foi abatido pela polícia. O atentado foi o ataque jihadista mais grave na França em quase dois anos.
Ciberia // EFE