Um homem reivindicando ser do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) fez várias pessoas de reféns em um supermercado de Trèbes, perto de Carcassonne, no sul da França. Quatro pessoas morreram e o sequestrador foi abatido pela polícia.
Segundo a televisão BMFTV, pouco antes do início do sequestro, o policial que corria com outros três agentes foi atingido por um tiro, no ombro, por um homem que disparou de um automóvel.
O atirador seria um marroquino de 25 anos já identificado pela polícia por radicalização islâmica e por crimes de roubo e tráfico de droga, segundo reporta a BMFTV. O Le Figaro refere que já foi condenado pelo crime de porte de arma.
“O suspeito roubou uma viatura em Carcassonne, matando um passageiro e ferindo o motorista”, antes de atingir no ombro do policial, conforme revelam várias fontes à Associated France Press, cita o Le Figaro. “Depois, matou duas outras pessoas durante a tomada de reféns no supermercado de Trèbes”, refere o jornal.
O ministro do Interior francês, Gérard Collomb, já confirmou que o terrorista foi abatido pela polícia, através de uma publicação no seu perfil do Twitter.
O homem, que afirmou agir em nome do grupo terrorista Estado Islâmico, entrou no supermercado por volta das 11h (7h em Brasília), tendo então sido ouvidos vários tiros, segundo fonte judicial citada pela agência France-Presse.
De acordo com os relatos, ao entrar no supermercado o homem teria gritado “Deus é grande” e “vou matar todos”. Ele teria também exigido a libertação de Salah Abdeslam, principal suspeito dos ataques de 13 de novembro de 2015, nos quais morreram 130 pessoas.
A maioria dos reféns conseguiu escapar com vida, mas duas pessoas teriam sido mortas pelo sequestrador. Soma-se uma terceira vítima, no âmbito do roubo de um automóvel, como já referido acima. Haveria, pelo menos, quatro feridos, três dos quais polícias, mas o número ainda não foi confirmado oficialmente.
O Presidente da República de França, Emmanuel Macron, já falou do caso como “um ataque terrorista”, e o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, considerou a situação muito grave.
Ciberia // ZAP