Dois homens de 23 e 29 anos, suspeitos de prepararem um atentado “iminente”, foram detidos esta terça-feira (18) em Marselha, no sul de França, cinco dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais, indicaram fontes próximas do inquérito.
Os dois homens são “suspeitos de uma iminente passagem à ação”, informou uma das fontes. Eles foram detidos pelos serviços de informação internos no quadro de uma investigação por associação criminosa terrorista, aberta em Paris.
Os dois detidos tinham um projeto de atentado para “os próximos dias em solo francês”, disse o ministro do Interior, Matthias Fekl, em coletiva de imprensa. Buscas em Marselha permitiram encontrar “elementos para materializar o ataque” e estão em curso “operações de segurança”, adiantou.
Os dois homens eram “conhecidos devido à sua radicalização” e já foram presos por fatos sem caráter terrorista, segundo uma fonte próxima da investigação.
“Tudo está sendo feito para garantir a segurança deste grande evento para a nossa República” que é a eleição presidencial, assegurou o ministro, assinalando “um risco terrorista que continua sendo maior que nunca”.
Mais de 50 mil polícias, apoiados pelos militares da operação Sentinela, serão mobilizados para garantir a segurança das eleições no domingo nos 67 mil locais de voto.
A França tem sido particularmente visada por atentados terroristas, fazendo parte dos países que intervêm na Síria contra o Estado Islâmico. Os dois últimos ataques visaram militares, embora sem os matar, no museu do Louvre e no aeroporto de Orly, em Paris.
Cinco projetos de atentados foram descobertos desde o início do ano, enquanto o ano passado o seu número foi de 17, disse em março o anterior ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Instaurado após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que causaram 130 mortos, o estado de emergência tem sido prolongado e está em vigor até ao verão, tendo em conta as eleições presidenciais e as legislativas em junho.
// ZAP