O vereador Matheus Gomes (PSOL-RS), recém empossado para o parlamento da cidade de Porto Alegre, está usando o espaço conquistado para protestar contra o hino do Rio Grande do Sul que, segundo o político, contém um trecho racista.
Na sessão solene de posse dos novos representantes da capital gaúcha, ele e mais quatro parlamentares se recusaram a cantar a canção. Os vereadores de PSOL, PT e PCdoB, membros da bancada negra da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, se mantiveram em silêncio. O verso racista do hino é o seguinte: “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.
Matheus é historiador e reforça que o verso, criado no contexto da Guerra dos Farrapos -revolta pela independência gaúcha -, é uma síntese da sociedade escravagista do Rio Grande do Sul. O parlamentar relembra que Bento Gonçalves, chefe do movimento separatista riograndense, prometeu a liberdade para os escravizados e nunca a cumpriu.
Matheus Gomes ainda reforçou que “não tem obrigação nenhuma” de cantar o hino. E em uma thread mais longa, explicou como a canção-símbolo do delírio separatista gaúcho tem racismo em sua letra.
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