O presidente norte-americano desmentiu as acusações de racismo depois de ter usado a expressão “países de merda” para se referir a El Salvador, Haiti e várias nações africanas.
“Não sou racista. Sou a pessoa menos racista que já entrevistaram”. O desmentido foi feito aos jornalistas representados na Casa Branca no Trump International Golf Club in West Palm Beach, realizado na Florida, neste domingo (14) à noite.
Na sexta-feira (12), Trump já tinha garantido “nunca ter falado mal dos haitianos”, depois de ter negado o uso da expressão “shithole countries” para se referir ao país, durante uma reunião sobre imigração, na quinta-feira (11).
Além disso, Trump desvalorizou ainda a possibilidade de ter comprometido as chances de aprovação do pacote de imigração no congresso, ao usar palavras “duras” para descrever alguns países cujos imigrantes os EUA acolheram, devido a situações de desastre, guerras e epidemias, ao abrigo do estatuto de refugiado temporário (TPS).
De acordo com o Observador, a administração Trump tem retirado o estatuto de refugiado temporário a várias nacionalidades que vivem atualmente no país e, segundo alguns jornais, o presidente norte-americano teria perguntado “por que todas essas pessoas de países de merda vêm para cá?”, na quinta-feira.
Tanto Tom Cotton, senador do Arkansas, como o senador da Georgia, David Perdue, que estiveram no encontro na Casa Branca, começaram por dizer que não se recordavam das expressões exatas de Trump, mas no domingo vieram desmentir o uso da expressão durante a conversa. Já o senador democrata do Illinois, Dick Durbin, e o senador republicano Lindsey Graham teriam confirmado o uso das expressões.
Segundo as mesmas fontes, Donald Trump se referia a países africanos, que não foram identificados, ao Haiti e a El Salvador, defendendo que os Estados Unidos deviam receber imigrantes da Noruega.
Ciberia // ZAP