Passados dois dias da greve geral que contou com a adesão de mais de 35 milhões de trabalhadores, as centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares, do campo e da cidade, voltam a se unir para ocupar as ruas nesse 1º de Maio contra as reformas trabalhistas e da Previdência do governo Temer.
De acordo com as entidades, em todos os atos que serão realizados ao longo do dia, com a participação de lideranças e artistas, as palavras de ordem são “nenhum direito a menos”.
São Paulo
Depois de uma disputa na Justiça, em que derrubou uma liminar concedida ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), a CUT, garantiu o direito de fazer o ato político na Avenida Paulista. Com a central estarão ainda a CTB, Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo.
Após o ato político de resistência, que começa às 12h, os manifestantes seguirão em passeata até a Praça da República, no centro da cidade, onde haverá programação artística, com shows de Leci Brandão, Ilú Obá de Min, MC Guimê, As Baianas e a Cozinha Mineira, Bixiga 70, Mistura Popular, Marquinhos Jaca e Sinhá Flor.
Além da capital, outras regiões do interior paulista também farão atos do 1º de Maio. Em Campinas, a atividade unificada será na Avenida Francisco Glicério, s/n, em frente à Catedral de Campinas, com início às 10h. Já em Araraquara, a militância irá se encontrar a partir das 14h, na Praça Deputado Scalamandré Sobrinho, s/n, na Vila Ferroviária.
Rio de Janeiro
Após a forte repressão aos atos no dia da greve geral, as centrais sindicais e as frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Esquerda Socialista farão ato contra as reformas e também para denunciar a ação policial contra o direito de manifestação.
O evento, que contará com ato ecumênico, está sendo convocado para início às 11 horas, na Praça da Cinelândia, onde os manifestantes que vinham da Assembleia Legislativa foram atacados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo ainda na saída do ato.
A PM chegou a atirar contra o deputado estadual Flávio Serafini (PSol) enquanto discursava, transformando a região central do Rio em uma praça de guerra.
Distrito Federal
A CUT Brasília e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam o 1º de Maio da Classe Trabalhadora a partir das 9 horas, na Torre de TV.
Segundo a direção da central, além de uma celebração, o evento será “de resistência na defesa dos direitos duramente ameaçados pelas medidas que tramitam no Congresso Nacional e ferem, de morte, a Constituição Federal, a legislação trabalhista e a CLT”.
O ato de conscientização, mobilização e repúdio aos ataques aos direitos e à democracia será também de revigorar a unidade e pressão na defesa das nossas conquistas.
Além de debates políticos, haverá shows com as bandas Bossa Greve e Samba de Tapera, além de tendas do Coletivo de Mulheres e a das Frentes, além de brincadeiras dirigidas para as crianças.
Rio Grande do Sul
CUT, CTB, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Força Sindical e Pública, partidos progressistas e movimentos sociais vão se reunir a partir das 10 horas, em ato de resistência junto ao Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre.
A direção da CUT gaúcha destaca que, se no início do século passado a classe trabalhadora lutava por direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, hoje a luta continua pela manutenção dos direitos conquistados.
Como a destruição dos direitos adquiridos afetam também a saúde e o meio ambiente, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, com apoio com a Associação Nacional de Catadores de Recicláveis, entre outros coletivos, também estarão no Parque da Redenção para o ato em defesa do trabalho, da natureza e da saúde.
Pará
O ato político e cultural está previsto para início às 9 horas, na Praça da República, em Belém. CUT, CTB, Intersindical, Nova Central e Força Sindical e diversos movimentos sociais farão do encontro um ato político e cultural contra as reformas de Michel Temer. Conforme a direção da CUT paraense, jovens sairão em passeata rumo ao local às 8h30.
Goiás
O 1º de Maio será celebrado pela CUT Goiás com a realização de um ato festivo-político e cultural, que contará com a presença de lideranças religiosas e políticas progressistas e muitos artistas com shows ao vivo.
O palco será a Praça do Trabalhador, em Goiânia. E o objetivo, segundo a organização, será a união, o fortalecimento e a consciência da classe trabalhadora acerca de seus direitos fundamentais, como acesso à terra, moradia, trabalho, educação, saúde, cultura e aposentadoria.
Com o lema “100 Anos Depois, a Luta Continua – Nem Um Direito a Menos!”, o ato começa às 16 horas, com shows de artistas locais. Haverá sorteio de brindes.