Pelo menos 30 pessoas morreram no incêndio de quarta-feira (14) em uma torre residencial no oeste de Londres, confirmou hoje o comandante Stuart Cundy, da Polícia Metropolitana de Londres (Met).
Em pronunciamento à imprensa, o alto comando policial disse além disso que “neste momento, não há nada que sugira que o fogo foi provocado deliberadamente“, informando que “tristemente” não esperam “encontrar mais sobreviventes”.
No acidente ocorrido na madrugada de 14 de junho, na torre Grenfell, um bloco de 24 andares e 120 apartamentos, situado a oeste da capital, 65 pessoas ainda estão “desaparecidas”, segundo as estimativas da imprensa.
Quanto ao último relatório em relação aos feridos, 24 pessoas continuam hospitalizadas, delas 12 em “estado crítico”, em quatro hospitais da capital britânica, segundo lembrou Cundy.
Vítimas talvez nunca sejam identificadas
Segundo o jornal The Sun, há pelo menos 65 pessoas desaparecidas. Entretanto, polícia britânica avisa que algumas das vítimas mortais do incêndio poderão nunca ser identificadas.
“Tristemente, há um risco de que não possamos identificar todos“, disse o comandante da polícia Metropolitana de Londres (MET), Stuart Candy, acrescentando esperar que o número total de mortos não seja superior a três dígitos.
Pelo terceiro dia consecutivo, os bombeiros revistaram os andares do prédio, enquanto aumentam as críticas sobre a segurança em outros edifícios similares no Reino Unido.
As autoridades são criticadas pelo estado em que se encontrava o edifício depois de alguns residentes terem denunciado que os alarmes de incêndio não dispararam, e também pelo material usado no revestimento do imóvel, composto por polietileno, que explicaria a rapidez com que se propagaram as chamas.
Não está ainda esclarecida a origem do incêndio e a primeira-ministra britânica, Theresa May, já ordenou uma investigação oficial sobre a tragédia.
May também é criticada pela mídia local por não ter falado com os sobreviventes do incêndio quando visitou o bairro de Kensington, onde está o imóvel e onde falou com agentes da polícia e bombeiros que trabalharam para conter o fogo e resgatar os residentes.
O líder do principal partido da oposição, Jeremy Corbyn, também visitou o local e disse que a verdade sobre o incêndio tem que ser descoberta.