O projeto da NASA de colonizar Marte até 2030 poderia ser muito facilitado se, antes, fosse estabelecida uma colônia na Lua, que serviria como base funcional para explorações no Planeta Vermelho. A única coisa que impede, no entanto, é o orçamento limitado da NASA para implementá-lo.
Mas, como explicou o ano passado o astrobiólogo Chris McKay, em entrevista à revista Popular Science, daqui a 5 anos, com apenas US$ 10 bilhões – mais barato do que um só porta-aviões dos Estados Unidos – a Terra já poderia criar uma pequena colônia na Lua.
“A grande vantagem é que as novas tecnologias, algumas até nem tem a ver com o espaço – como carros autônomos e banheiros de reciclagem de resíduos – serão incrivelmente úteis no espaço e estão reduzindo o custo de uma base lunar”, declarou.
McKay reforça que, além disso, uma mistura de tecnologias e parcerias, incluindo o uso de edifícios e materiais impressos em 3D, o transporte usando foguetes da SpaceX e modificações nos habitats infláveis fabricados pela Bigelow Aerospace, tornariam o processo mais eficiente do que programas governamentais caros.
Local propício
Ainda de acordo com o astrobiólogo, uma estação pioneira poderia ser construída na borda externa das crateras polares do norte da Lua – que recebem luz solar praticamente durante todo o ano – permitindo assim que equipamentos movidos a energia solar tenham energia suficiente para funcionar.
Na Lua também seria possível alimentar robôs autônomos que poderiam escavar o solo a procura de gelo afim de obter água, que seria usada por astronautas e até mesmo ser processada para produzir o combustível do foguete.
“As atividades nesta base lunar estariam centradas na ciência, como é o caso na Antártida. Assim como no continente gelado, uma organização do governo dos EUA poderia manter presença na Lua e sua motivação estaria enraizada na política nacional americana”, sugere McKay.
“Uma base lunar forneceria uma gama de tecnologias e precedentes programáticos que apoiariam uma base de pesquisa a longo prazo da NASA em Marte”.
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