As lentes de contato poderão, no futuro, ter sensores que permitem fazer análises de sangue, detectar doenças e fazer testes de consumo de drogas, concluiu uma experiência apresentada ontem (4) nos EUA.
“Estes biossensores não vão levar os laboratórios de análises à falência, mas creio que podemos fazer muitos diagnósticos com informação que pode ser extraída das lágrimas”, afirmou um dos pesquisadores, Gregory S. Herman.
O controle permanente dos níveis de glicose no sangue, em vez das picadas para extrair uma gota de sangue a que os diabéticos estão habituados, ajuda a reduzir os problemas provocados por aquela doença.
A maior parte dos dispositivos usados atualmente para isso depende da colocação de eletrodos em vários locais do corpo debaixo da pele, o que pode ser doloroso e provoca irritações cutâneas ou infeções.
Herman indicou que o sistema de biossensores nas lentes de contato pode eliminar muitos destes problemas, além de ser invisível.
Em teoria, mais de 2.500 sensores, cada um dedicado a uma função diferente, podem ser embutidos em um milímetro quadrado de uma lente de contato. Quando o sistema estiver afinado, poderão transmitir leituras para celulares ou outros dispositivos que usam tecnologia sem fios.
Gregory Herman indicou que os sensores já foram usados em cateteres para medir os níveis de ácido úrico e que poderá demorar mais de um ano para completar um protótipo que possa ser testado em animais.
// ZAP