Os doentes transplantados com sangue do cordão umbilical expandido podem vir a se beneficiar de uma melhoria nos tempos de recuperação, com redução das complicações devidas a infeções no período pós-transplante e do tempo de hospitalização.
As conclusões surgem em um estudo cujos resultados foram recentemente publicados na revista científica Biology of Blood and Marrow Transplantation.
O estudo busca compreender o impacto do transplante de um produto de expansão das células do sangue do cordão umbilical (NiCord) no tempo de recuperação do órgão transplatado, no número e severidade das infeções contraídas pós-transplante e no tempo de hospitalização.
“Este estudo surge no seguimento dos resultados favoráveis de ensaios clínicos em humanos, que confirmaram a segurança de utilização do NiCord, e comprovaram a melhoria do tempo de recuperação do órgão após o transplante com sangue do cordão umbilical expandido”, disse Alexandra Machado, diretora médica da Crioestaminal.
“Esta nova solução, juntamente com o potencial das células do sangue do cordão umbilical, vem abrir novas perspectivas relativamente à qualidade de vida dos doentes transplantados e do número de doentes que podem se beneficiar de um transplante hematopoiético”, observa.
Os estudos compararam um grupo de doentes que recebeu um transplante convencional de sangue do cordão umbilical e um grupo a quem foi administrado o NiCord. Sobre o tempo de recuperação do órgão, foi observada uma diminuição de 26 para 12,5 dias no grupo transplantado que recebeu NiCord.
A melhoria no tempo de recuperação teve um impacto positivo na incidência e severidade das infeções, nos primeiros 100 dias após o transplante. O número de infeções bacterianas diminuiu significativamente e os doentes ficaram menos 20 dias hospitalizados.
As pesquisas desenvolvidas relativamente à expansão de células do sangue do cordão umbilical, juntamente com seu potencial terapêutico, procuram encurtar e simplificar o período pós-transplante, além de contribuir para aumentar o número de pessoas que podem ter acesso a transplantes hematopoiéticos.
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