De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (6), a Uber demitiu mais de 20 funcionários envolvidos em casos de assédio. A companhia começou a investigar pelo menos 215 colaboradores depois de uma onda de escândalos no início do ano, e durante o processo descobriu que pelo menos 20 pessoas são culpadas por discriminação, bullying e outros tipos de violência.
Conforme relatado pela Bloomberg, a Uber admitiu que, no total, cerca de 100 funcionários já foram demitidos por conta das reivindicações. Além disso, 57 colaboradores ainda estão sendo investigados, 31 estão passando por treinamentos e sete receberam advertência por escrito.
Para dar conta de toda a repercussão, a companhia realizou uma reunião para discutir os resultados da investigação da empresa de advocacia Perkins Coie, responsável pela análise dos casos.
Vale lembrar que o levantamento, apesar de levar em consideração qualquer tipo de assédio, teve início depois que a engenheira Susan Fowler escreveu uma carta acusando a empresa por assédio sexual e negligência por parte dos responsáveis.
A polêmica sobre a cultura de assédio na Uber tem levantado questionamentos por parte de diversos especialistas.
Uma das acusações é de que a companhia possui uma estrutura de gerenciamento grande e inexperiente, levando a uma cultura de misoginia e má administração — 3 mil dos seus 12 mil funcionários estão em cargos gerenciais e muitos não tiveram experiência prévia em gestão.
Seja como for, parece que a empresa está tentando dar a volta por cima. Na segunda-feira (5), a Uber anunciou a contratação de Francis Frei, acadêmico da Harvard Business School conhecido por trabalhar questões de gênero. Será que agora vai?
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