O cofundador da Uber, Travis Kalanick, já tinha pedido uma licença sem data de retorno definida, devido à morte da mãe. Agora, parece que o seu trabalho na empresa de transportes que ajudou a criar, chegou mesmo ao fim: o CEO cedeu às pressões dos acionistas e se demitiu hoje (21).
A decisão de demissão de Kalanick já foi confirmada pelo porta-voz do ex-diretor executivo. A notícia surge depois de, em 13 de junho o agora ex-CEO ter anunciado que ia tirar uma licença por tempo indeterminado, devido à morte da mãe, vítima de um acidente de barco.
Em declarações ao New York Times, Kalanick confirmou a saída e disse ter aceito os pedidos dos investidores: “Eu gosto da Uber mais do que de qualquer outra coisa, mas neste momento difícil da minha vida pessoal, aceitei os pedidos dos investidores para me afastar para que a Uber possa continuar a crescer”.
O nome da Uber tem estado envolvida em escândalos, que vão desde casos de assédio sexual, até acusações de negócios secretos e espionagem de passageiros, passando por investigações sobre supostas informações falsas que a empresa prestou às entidades oficiais de regulamentação do transporte de passageiros ou trabalhadores mal pagos.
Antes da demissão, Kalanick tinha recebido uma carta de cinco grandes acionistas da empresa – “Moving Uber Forward” -, na qual exigiam que abandonasse o cargo imediatamente, pedindo para a empresa uma nova liderança.
No entanto, o conselho de administração da Uber ressalva que o ex-CEO sempre colocou a empresa em primeiro lugar.
A Uber, empresa de transporte privado que funciona através de uma aplicação móvel, foi fundada em 2009, em São Francisco, EUA, com a ajuda de Travis Kalanick e Garrett Camp.
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