Diversas pesquisas já descobriram que ficar sentado o dia todo é muito ruim para a nossa saúde. Infelizmente, essa é a realidade de muitas pessoas, que possuem profissões que as obrigam a tais períodos sedentários.
No entanto, um novo estudo americano publicado na revista Annals of Internal Medicine sugere que existe algo muito simples que podemos fazer, no entanto: levantar-nos da cadeira regularmente. Esse ato pequeno pode fazer uma grande diferença, incluindo diminuir o risco de morte.
De acordo com Keith Diaz, pesquisador do Departamento de Medicina da Universidade de Columbia (EUA) e principal autor do estudo, o comportamento sedentário não é apenas quanto tempo passamos sentados por dia.
“Estudos anteriores sugeriram que os padrões sedentários – se um indivíduo acumula tempo sentado através de vários trechos curtos ou menos longos de tempo – podem ter um impacto na saúde”, explica.
Para explorar ainda mais essa teoria, Diaz e seus colegas analisaram dados coletados por rastreadores de atividade usados em 7.895 adultos com mais de 45 anos, negros ou brancos. Os participantes faziam parte de uma pesquisa nacional americana sobre raça e influências regionais nos riscos de derrame.
Segundo os dados, 77% dos participantes passavam mais de 12 horas por dia sentados. Ao longo de um período médio de acompanhamento de quatro anos, 340 pessoas morreram, e a equipe calculou o risco de mortalidade para os diferentes padrões sedentários e o tempo sedentário total.
Os cientistas descobriram que havia um risco duas vezes maior de mortalidade em pessoas com o tempo mais sedentário, ou seja, que passavam mais de 13 horas por dia sentados, se levantando em períodos regulares de 60 a 90 minutos a cada vez, em comparação com aqueles com o tempo menos sedentário.
Os participantes que se levantavam a cada 30 minutos, pelo menos, tinham o menor risco de morte.
“Se você tem um emprego ou estilo de vida no qual você tem que se sentar por longos períodos de tempo, sugerimos fazer uma pausa de movimento a cada meia hora. Essa única mudança de comportamento pode reduzir o risco de morte, embora não possamos dizer com precisão qual é a quantidade de atividade ideal”, conclui Diaz.
Ciberia // HypeScience