A França convidou para o próximo dia 12 de dezembro uma centena de países e representantes de organismos internacionais e ONGs para comemorar os dois anos do acordo climático de Paris em uma cúpula na qual excluiu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A reunião espera reunir atores comprometidos na aplicação desse pacto, por isso o líder americano não foi convidado “por enquanto”, precisou nesta terça-feira (7) a Presidência francesa, que enviou seu convite a representantes do Governo americano e a associações desse país.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta cúpula no G20 de julho com a intenção de que o acordo histórico de 2015 não perdesse impulso após a decisão de Trump de retirar seu país deste pacto.
O encontro será realizado na ilha Seguin, nos arredores de Paris, pretende valorizar as ações empreendidas até agora pelos países signatários, acelerar o cumprimento de seus compromissos a favor da atenuação da mudança climática e da adaptação, e estimular o financiamento público e privado.
A reunião batizada como “One Planet Summit” vai acontecer menos de um mês depois da cúpula sobre a mudança climática (COP23) iniciaada nesta segunda-feira (6) em Bonn (Alemanha) e que vai até o dia 17, mas a presidência francesa defende que são complementares e que perseguem objetivos diferentes.
A França espera em 12 de dezembro anúncios relativos ao reforço do financiamento na luta contra a mudança climática e ao desenvolvimento de ferramentas financeiras inovadoras na matéria, assim como a apresentação de projetos efetivos em setores como o transporte, a agricultura e as energias renováveis.
Essa será uma cúpula centrada “na ação”, na qual, dois anos depois da adoção do Acordo de Paris, a França não quer uma perda de fôlego para cumprir com o objetivo de que a temperatura média mundial no final de século não aumente mais de dois graus centígrados com relação aos níveis pré-industriais.
A menos que os esforços sejam acelerados, segundo as autoridades francesas, será impossível alcançar essa meta.
A jornada será acompanhada de atividades paralelas nos dias prévios e posteriores e se desenvolverá em torno de quatro painéis temáticos e de um diálogo de alto nível entre os chefes de Estado e de Governo e outras personalidades.
No total, a presidência francesa espera receber cerca de 2 mil participantes e acredita que os resultados deste encontro produzam um efeito de “bola de neve” no resto de atores e associações.
Ciberia // EFE