O medicamento Memantina para casos de Alzheimer moderados e graves agora já faz parte da lista do Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão foi oficializada nesta quinta-feira (9) em publicação no Diário Oficial. O prazo máximo para que o medicamento esteja disponível na rede pública é de até 180 dias.
O medicamento já é aprovado pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa) e age impedindo a ação do excesso de glutamato nos neurônios, que facilita a entrada de cálcio nas células neurais levando a morte.
A recomendação da incorporação no SUS foi feita por uma comissão de avaliação, em julho desse ano. O relatório concluiu que “apesar do tamanho do efeito ser pequeno, ele é significativo e influencia favoravelmente a qualidade de vida dos doentes e cuidadores”, diz.
Para os casos graves, o composto deve ser combinado com medicamento inibidor de colinesterase, substância que inibe a ação de enzimas que destroem a acetilcolina, neurotransmissor atuante na memória. Já nos casos leves, a memantina pode ser usada isoladamente.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que atinge 33% dos indivíduos com mais de 85 anos e compromete de mais de 35 milhões de pessoas no mundo. Ela leva ao declínio de habilidades cognitivas, como a memória e orientação no tempo e no espaço.
Há também mudanças na personalidade, no comportamento e prejuízos na habilidade de realizar funções diárias.
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