O tratamento utiliza um composto chamado verubecestat, desenvolvido pela Empresa Farmacêutica dos EUA. Ele reduz os níveis de proteínas chamadas beta amilóides ao bloquear uma enzima conhecida como BACE1.
Em pessoas com Alzheimer, as proteínas se amontoam em placas que danificam o cérebro, afetando habilidades cognitivas, especialmente a memória. A BACE1 desempenha um papel fundamental na produção das proteínas.
As 32 pessoas que participaram no primeiro ensaio clínico do estudo, cujos resultados foram publicados na Science Translational Medicine, foram diagnosticadas com Alzheimer de leve a moderado.
Laboratórios farmacêuticos estão trabalhando para desenvolver compostos que podem parar ou mesmo reverter a formação destas placas. Até agora, os produtos desenvolvidos para neutralizar a enzima BACE1 tinham efeitos colaterais muito tóxicos, como danos no fígado ou neurodegeneração.
Mas o mesmo não acontece com o verubecestat, ou MK-8931, diz à MedicalXpress o autor principal do estudo, Matthew Kennedy, pesquisador do laboratório de pesquisa da Merck, nos EUA.
Os pesquisadores descobriram que uma ou duas doses do composto foram suficientes para baixar os níveis de proteínas sem causar efeitos colaterais.
Os dois ensaios clínicos, chamados de fase 3, que estão agora em curso para avaliar quão bem o verubecestat se sai serão concluídos em julho de 2017. Se os resultados forem bons, o composto pode ser comercializado como uma pílula em dois ou três anos.
A Organização Mundial de Saúde diz que 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de alguma forma de demência, a maioria delas com Alzheimer. O número deverá duplicar até 2030, ultrapassando os 65,7 milhões, e triplicar em 2050, chegando a 115,4 milhões, se nenhum tratamento efetivo for encontrado nos próximos anos.
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